A ex-vereadora Graça Amorim afirmou que segue firme na campanha e que vai disputar uma cadeira na Câmara Municipal de Teresina em outubro deste ano. A ex-parlamentar conversou com o GP1 nesta quinta-feira (25) e esclareceu que o fato de ter tido o mandato cassado no início dessa semana não a desestimulou de continuar na disputa proporcional.
Ainda de acordo com Graça Amorim, seu alinhamento com o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (PRD), segue inabalável. Ela ainda destacou a união de todo o grupo que dá sustentação ao chefe do Palácio da Cidade.
“Eu e minha equipe, todos que nos apoiam, continuam motivados. Sigo da mesma maneira atendendo meus amigos, correligionários e apoiadores. Seguimos no páreo para a Câmara Municipal, nossa candidatura está a todo vapor. Além disso, a aliança com o nosso prefeito Dr. Pessoa segue inabalável. Vamos para luta como sempre fizemos”, afirmou a ex-vereadora à nossa reportagem.
A cassação
O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) cassou, na tarde da última terça-feira (23), o mandato da vereadora Graça Amorim (PRD). O tribunal acolheu, por 4 votos a 3, a tese do Progressistas (PP) de que a vaga na Câmara Municipal de Teresina pertence ao partido e não à parlamentar. O julgamento iniciou no dia 16 de julho, porém foi adiado após pedido de vista do magistrado Daniel Alves.
Graça Amorim assumiu mandato na Câmara Municipal de Teresina no dia 09 de maio desse ano, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinar a cassação da chapa do Partido Liberal (PL) por fraude à cota de gênero e o vereador Leonardo Eulálio, eleito em 2020, perder o mandato.
Antes de se filiar ao PRD, Graça Amorim era a primeira suplente no Progressistas, que entrou com uma ação de infidelidade partidária com perda de mandato e tutela antecipada contra a ex-vereadora. O argumento é de que com a cassação de Leonardo Eulálio e a consequente recontagem dos votos, o PP é quem teria direito à vaga na Câmara Municipal de Teresina.
Partidos entram com recursos
Os partidos PRD e PT ingressaram com recursos, na noite dessa quarta-feira (24), para revisão da decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) que cassou o mandato de Graça Amorim (PRD) na Câmara Municipal de Teresina. Os diretórios estadual e municipal do PRD ingressaram com um “chamamento do feito à ordem”, quando se entende que alguma parte do processo não correu adequadamente. Nesse sentido, o partido alegou que os autos foram remetidos conclusos para apreciação do juiz Daniel de Sousa Alves, mas que o atual recurso deve ser remetido para apreciação do relator, o juiz federal Nazareno César Moreira Reis. Diante disso, foi solicitada “máxima urgência na remessa dos autos ao relator competente” para apreciação da tutela cautelar.
"Ocorre que, data máxima vênia, faz-se mister a devolução dos autos ao relator originário, Eminente Juiz Federal Nazareno Reis, para apreciar o pedido ora em tela. Isso porque a sua atividade enquanto relator não se exauriu, pois, considerando a competência originária deste TRE/PI, este seria responsável pela execução da decisão", consta em trecho do recurso do PRD.
Já os diretórios do PT argumentaram que o partido também deveria ser citado no processo, uma vez que Inácio Carvalho, o segundo suplente da vaga em questão, está atualmente filiado a sigla petista. Dessa forma, eles entendem que o partido é parte na mesma demanda e solicitou a entrada como parte ativa do pedido de tutela feito pelo PRD para efeito suspensivo da decisão.
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