O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Teresina pelo PT, Fábio Novo, concedeu entrevista exclusiva ao GP1 nesta sexta-feira (31) sobre as denúncias da frente ampla dos partidos Progressistas, União Brasil e Republicanos, que acusou o grupo político do petista de abuso de poder econômico, abuso de poder político e quebra de isonomia. Em resposta, Novo afirmou que as denúncias refletem desespero de seu principal concorrente, Sílvio Mendes (União Brasil).
Fábio Novo alegou à nossa reportagem que as situações que fundamentam as denúncias foram forjadas pelo grupo de Sílvio. “Isso é desespero do meu principal concorrente. Por dois motivos: a queda brusca nas pesquisas e várias lideranças que estão abandonando o barco. Eles estão orientando lideranças deles a se 'oferecer' para criar situações como essas. Não vamos cair nessas iscas. Meu principal concorrente tem me perseguido de forma implacável. Já ganhei 3 ações dele na Justiça. Ele deveria gastar seu tempo caminhando por Teresina como eu faço para conhecer de perto os problemas e apontar soluções. Em vez disso, prefere me atacar e criticar pelo fato de termos crescido e passado dele”, destacou o pré-candidato.
O petista declarou que as denúncias não procedem e que ninguém tem autorização de fazer negociações por ele, ou utilizando seu nome no pleito deste ano. “Não procedem [as acusações]. Esse tipo de negociação não faz parte da minha trajetória política. Sempre fiz eleições limpas! Nem Gustavo Henrique e nem ninguém falam por mim e muito menos estão autorizados em falar em meu nome em negociações políticas”, disse Novo ao GP1.
Entenda
A frente ampla formada pelos partidos Progressistas, União Brasil e Republicanos convocou uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (31) para denunciar assédio de pré-candidatos ligados à base do pré-candidato Fábio Novo (PT) a alguns pré-candidatos da oposição.
Durante a coletiva, a advogada da frente ampla, Ivilla Araújo, informou sobre as duas medidas iniciais que serão tomadas: uma representação na Justiça Eleitoral contra o presidente do Agir, Gustavo Henrique, e outros correligionários ligados a Fábio Novo, por suposto abuso de poder econômico, abuso de poder político e quebra de isonomia; e uma solicitação ao Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) para instaurar uma Notícia de Fato, visando que o órgão ministerial apure a possível ocorrência de crime. Segundo a advogada, eles assediaram diversos pré-candidatos a vereador dos três partidos de oposição.
Ivilla Araújo continuou sua exposição dizendo que a frente evidenciou propostas financeiras em valores de "magnitudes nunca antes vistas" a vários pré-candidatos da oposição, informando que tem diversos tipos de provas do suposto ilícito. "Há abuso de poder econômico com a atribuição de convites para participar de outro grupo político através do oferecimento de propostas financeiras altas e, diga-se de passagem, propostas financeiras bem robustas e de magnitudes nunca vistas antes neste ambiente político", alertou.
A advogada acrescentou ainda que o grupo da oposição possui vastas provas. "Temos áudios, vídeos e depoimentos de uma quantidade imensa de pessoas que estão passando por essa situação. Vamos apresentar uma representação de abuso de poder econômico, que é essa questão de utilizar seu poderio financeiro para fazer uma construção política, bem como abuso de poder político, porque, dentre as notícias e fatos que estamos recebendo, também há a menção de nomes políticos, indicando oferecimento de respaldo político por parte de quem está hoje no comando de algumas pastas", acrescentou a advogada.
Áudio Vazado
Vazou mais um áudio onde um correligionário da chapa do pré-candidato a prefeito Fábio Novo (PT) tenta cooptar um pré-candidato a vereador da chapa do União Brasil, partido a qual o médico Sílvio Mendes, que também está no páreo para o Palácio da Cidade, é filiado.
Ouça o áudio:
Na gravação, o presidente do Agir, Gustavo Henrique, tenta convencer a liderança Chico Pança a recuar da disputa para a Câmara Municipal e aderir a Fábio Novo.
Gustavo Henrique deixa claro que existe um movimento para tentar desmontar a chapa do União Brasil e oferece “vantagens” financeiras para efetivar o “acordo”. No decorrer da conversa, Gustavo garante que Chico Pança vai integrar a gestão do PT, caso Novo seja eleito, além de uma conversa pessoal com o petista para selar o entendimento.
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