A Justiça decretou sigilo no processo contra o tenente da Polícia Militar do Piauí, José da Cruz Bernardes Filho, indiciado pela Delegacia de Feminicídio, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no inquérito que investiga o assassinato da pequena Débora Vitória, de 6 anos, que foi morta em novembro de 2022, no bairro Ilhotas, na zona sul de Teresina.
A informação foi confirmada ao GP1 pela titular da Delegacia de Feminicídio, delegada Nathalia Figueiredo. Devido à vítima se tratar de uma criança, a legislação prevê que o processo corra em segredo de Justiça.
“É até natural [o sigilo], a vítima é uma criança e a própria lei prevê que é um processo que deve seguir em segredo de Justiça. Então, eu já estava ciente e era algo que eu já até esperava, tendo em vista a idade da vítima”, informou a delegada à nossa reportagem.
Reconstituição confirma que tenente matou a criança
A reprodução simulada, realizada para esclarecer a dinâmica sobre a morte da criança, confirmou o entendimento da Polícia Civil de que o disparo que matou a vítima partiu da arma do oficial da PM.
Os exames periciais, como o próprio exame de microcomparação balística, corroboraram para o indiciamento do tenente da PM pelo crime de homicídio qualificado por dolo eventual. O inquérito foi concluído no dia 5 de maio, e encaminhado ao Poder Judiciário.
O crime
Débora Vitória morreu e sua mãe, Dayane Gomes, ficou ferida após ambas serem baleadas durante um assalto na noite do dia 11 de novembro de 2022. O crime aconteceu no momento em que mãe e filha saíam de casa em uma motocicleta, quando foram abordadas por Clemilson da Conceição Rodrigues.
O tenente José da Cruz Bernardes, da Polícia Militar do Piauí, que não estava em serviço, presenciou a abordagem e decidiu intervir atirando no bandido, iniciando assim a troca de tiros que acabou por provocar a morte da criança.
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