Thais Guimarães
O médico cardiologista Paulo Márcio, pré-candidato a prefeito de Teresina pelo MDB, concedeu entrevista exclusiva ao GP1 na manhã desta sexta-feira (20). Diretor experiente do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-PI), ele falou das motivações que o levaram a disputar o Palácio da Cidade e também dos desafios que deve encarar, caso eleito.
Paulo Márcio também não se furtou de comentar a disputa interna no MDB e fez uma análise do atual cenário. Para o pré-candidato, a narrativa de que a eleição já esteja definida não tem fundamento, uma vez que, segundo ele, “quem decide a eleição é o povo e ninguém é dono dos votos de Teresina”.
Na entrevista, o diretor do HU ressaltou que, nesse momento, Teresina carece de soluções para problemas na saúde, educação e no transporte público. Nesse sentido, ele adiantou que está começando a construir um plano de governo com ajuda de pesquisadores da Universidade Federal do Piauí, das mais diversas áreas.
O médico lembrou ainda que o MDB sempre foi protagonista nas eleições municipais, elegendo grandes prefeitos na Capital. Abaixo, a entrevista na íntegra com o pré-candidato do MDB.
O senhor poderia nos contar mais sobre suas motivações para se lançar pré-candidato a prefeito de Teresina pelo MDB? O que o levou a tomar essa decisão?
Eu estou convencido de que Teresina pede por um gestor, por um administrador para conduzir a cidade a um porto seguro. Nesse instante, os resultados da gestão que obtivemos no Hospital Universitário, o resultado de excelência, de entrega de resultados para transformar o Hospital Universitário no melhor do Brasil nos credenciou para apresentar, de maneira humilde e serena, nosso nome para a cidade de Teresina apreciar.
A desistência do deputado Henrique Pires, anunciada há pouco, o deixa mais motivado para seguir defendendo seu nome na disputa?
Teresina e o MDB tem uma história de amor, já dizia o ex-governador Alberto Silva, do MDB. O MDB sempre teve um protagonismo nas eleições de Teresina, e no próximo ano não será diferente. Depois que o teresinense voltou às urnas para votar para prefeito, depois da ditadura militar, Teresina só elegeu dois partidos: ou o PSDB, ou o MDB. Elegeu o Wall Ferraz, o Heráclito Fortes e o Doutor Pessoa pelo MDB, e o Sílvio e o Firmino Filho pelo PSDB. Portanto, Teresina espera por uma candidatura do MDB. No instante em que o deputado Henrique Pires, que é um parlamentar muito respeitado em Teresina e no Piauí, decide por desistir de sua pré-candidatura, o nome que fica posto é o nosso, e nós manteremos nosso nome à disposição de Teresina. Quem decide a eleição é o povo, ninguém é dono dos votos de Teresina.
Sabemos que há membros do MDB que não apoiam sua candidatura. Como você planeja lidar com essa divisão interna e unir o partido em torno de sua pré-candidatura?
Diálogo. A minha gestão no Hospital Universitário foi sempre de inclusão, de respeitar a diversidade de opinião. Isso é a essência da democracia. Ninguém impõe candidatura, quem decide candidatura é o povo. Nesse sentido, eu quero estar pronto para servir a cidade de Teresina e com o maior número de apoio possível, respeitando, naturalmente, as opiniões divergentes.
Além do MDB, o senhor está sendo sondado por outros partidos. Poderia nos dizer quais partidos demonstraram interesse em sua candidatura e qual critério você utilizará para escolher o partido com o qual se associará?
P.M.: Sou filiado há dez anos ao MDB, porque entendi que é um partido que tem uma história com o Brasil, na independência política de voltar a democracia o MDB sempre teve um protagonismo, e em Teresina também. Grandes gestores do Piauí, como o governador Alberto Silva, como o governador Mão Santa, como o Wall Ferraz, que foi prefeito de Teresina, foram representantes que vieram do MDB. Neste instante, eu me mantenho dentro do meu partido, não penso em nenhuma outra siga partidária que não seja o MDB, e entendo que o MDB está maduro, fortalecido e também pronto para conduzir Teresina e estar a frente de um projeto majoritário.
Quais suas principais propostas e prioridades para Teresina caso seja eleito prefeito? Como pretende abordar questões críticas na cidade?
Eu sou um médico cardiologista, que aprendi desde cedo a servir. Hoje, Teresina tem um grave problema na saúde pública. A saúde pública de Teresina está na UTI, e é preciso gestores, administradores, profissionais com experiência em gestão na área da saúde e resolver isto de maneira imediata. Teresina precisa imediatamente encontrar soluções para resolver a saúde pública, porque o teresinense está sofrendo. Isto é meu ponto principal, conduzir a saúde de Teresina para os trilhos. Também a educação é sobretudo importante, Teresina já teve a melhor educação entre todas as capitais. Fortalecer a educação passa obrigatoriamente pelo melhoramento dos vencimentos dos profissionais da saúde, é lei e Teresina precisa cumprir a lei de pagar a remuneração adequada para os professores, bem como garantir merenda escolar de qualidade, garantir a permanência dos alunos na escola. O transporte público precisa ser enfrentado de uma maneira assertiva, o teresinense hoje sofre muito pela crise do transporte público. Ter condições para enfrentar esse problema é um dever, nesse sentido, profissionais da Universidade Federal do Piauí, profissionais da área de saúde, da área da educação, da área da ciência e tecnologia, estão prontos já trabalhando na construção do nosso plano de governo.
Deixe uma mensagem para o povo de Teresina:
A mensagem principal que eu dirijo a cada cidadão é que Teresina hoje busca novos objetivos, busca novos projetos que possam conduzir a cidade para um porto seguro. Hoje, o time do MDB de Teresina apresenta um projeto viável, correto e planejado para a nossa cidade voltar a sorrir.
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