Durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (09), o juiz Valdemir Ferreira Santos decidiu pela legalidade das prisões do empresário João Paulo de Carvalho Rodrigues e dos advogados Francisco das Chagas Sousa e Guilherme de Carvalho, tio e primo de João Paulo respectivamente. Com isso, eles foram encaminhados para a o sistema prisional.
Os três homens são suspeitos de torturar e matar os adolescentes Anael Natan Colins Souza da Silva, 17 anos, e Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, crime ocorrido em novembro do ano passado.
De acordo com a delegada Vanda Abreu Costa, Coordenadora da Audiência de Custódia, a audiência com os três presos ocorreu dentro da legalidade e seguindo os preceitos processuais penais. Ela ressaltou que dois deles, no caso Francisco das Chagas e Guilherme de Carvalho, possuem prerrogativas por serem advogados.
“A audiência analisou tão somente o ato de cumprimento dos mandados de prisão preventiva, não cabendo neste momento quaisquer apreciações sobre o mérito. Após a conclusão da referida audiência os presos foram encaminhados para o sistema prisional, atendendo-se a todas as previsões legais, uma vez que dois dos presos dispõem de prerrogativas durante o cumprimento do decreto judicial. A referida audiência atende aos normativos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) previstos nos Tratados Internacionais de Direitos Humanos”, afirmou a delegada.
João Paulo de Carvalho, Francisco das Chagas Sousa, e Guilherme de Carvalho permanecerão presos cautelarmente durante o curso do processo até decisão judicial em contrário.
Prisões
O empresário João Paulo de Carvalho Rodrigues, dono do Frango Potiguar, foi preso novamente na manhã desta terça-feira (08), junto do tio Francisco das Chagas Sousa e do primo Guilherme de Carvalho Gonçalves Sousa.
Eles são investigados sob suspeita de terem participado do assassinato dos adolescentes Anael Natan Colins Souza da Silva, 17 anos, e Luian Ribeiro de Oliveira, de 16 anos, encontrados mortos às margens da PI 112 em novembro de 2021.
“Motivação” do assassinato
Em entrevista exclusiva ao GP1 nesta quarta (09), o delegado Luiz Guilherme, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou a versão apresentada pelo advogado Guilherme de Carvalho Gonçalves Sousa sobre o que teria “motivado” o assassinato de Anael e Luian.
De acordo com o delegado, o advogado Guilherme de Carvalho disse em depoimento que a invasão dos adolescentes à residência de sua família foi o estopim de uma situação que já era corriqueira e irritava os moradores da propriedade. “Ali [a invasão] foi o estopim de uma situação que acontecia corriqueiramente na casa, porque ao lado funcionava uma boate clandestina e eles não conseguiam dormir de quinta a domingo. Fizeram vários BO na delegacia do silêncio, de crimes ambientais e inclusive acionaram o Ministério Público e nunca conseguiram fechar a boate. Segundo ele, a invasão de dois jovens em uma madrugada de estresse grande em razão do barulho causou uma raiva, revolta grande no pai e no filho”, afirmou o delegado Luís Guilherme.
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