A família de Alderlan Ferreira da Silva, jovem que desapareceu em Teresina após uma briga na Vila Dagmar Mazza, decidiu por conta própria contratar profissionais para terminar de cavar o poço onde o corpo deve estar. Os custos, no entanto, passam de R$ 2 mil, e por isso os familiares estão realizando uma “vaquinha” para tentar arrecadar a quantia, depois de quase duas semanas de angústia.
O GP1 conversou nessa segunda-feira (31) com Elisângela Ferreira, mãe de Alderlan. Ela falou que o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) tem informações precisas de que o corpo de seu filho foi jogado no poço, mas as buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros não avançaram, mesmo com a ação de máquinas que já escavaram cerca de 13 metros de profundidade, situação que tem deixado a família angustiada, considerando que o jovem desapareceu no dia 19 de outubro.
“Fizemos a vaquinha para poder receber ajudar. Tem uma equipe que trabalha com fossas, dragas que pediu dois mil reais para poder entrar lá e tirar o que resta dele ainda. Já são quase 15 dias que nós estamos nesse sofrimento”, afirmou a dona Elisângela.
Sem encontrar o filho, a mãe questionou a razão da demora nas buscas. “A polícia está empenhada, agora não sei se o Corpo de Bombeiros, se faltando algum aparelho, eu não sei, eu não durmi mais desde que meu filho desapareceu, é um sofrimento e ninguém tira meu filho desse poço”, colocou.
O poço tem 15 metros de profundidade e ainda restam cerca de dois metros para que os bombeiros cheguem até a base. O GP1 apurou que o corpo de Alderlan foi jogado de cabeça para baixo no poço e em seguida os responsáveis por sua morte colocaram entulho e sacos plásticos para tentar impedir qualquer odor.
“Um martírio”
Dona Elisângela ressaltou o sofrimento pelo qual vem passando desde o desaparecimento do filho. Visivelmente emocionada, ela revelou que fica ouvindo constantemente áudios enviados por Alderlan via WhatsApp, momentos antes de desaparecer, para tentar amenizar a saudade do filho.
“Esse é um martírio que eu não quero pra meu pior inimigo, para mãe nenhuma passar o que eu estou passando, está com quase 15 dias que eu não sei o que é dormir direito, só Deus sabe como é que eu estou vivendo, só estou vivendo através de áudios, ouvindo a voz do meu filho, uma dor tão grande que eu estou sentindo”, lamentou a mãe de Alderlan Ferreira.
Para quem puder e tiver interesse em ajudar a família a custear a escavação do poço, basta fazer um PIX para a chave 86994104663 – em nome de Jéssica Luana T. Rosa, companheira da vítima.
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