Os policiais penais apreenderam na manhã desta quarta-feira (30), na Penitenciária Mista de Parnaíba, drogas, celulares e outros materiais ilícitos que foram arremessados para o interior da unidade prisional.
De acordo com o Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Piauí (Sinpoljuspi), situações com essa já haviam sido registradas na Penitenciaria Mista Juiz Fontes Ibiapina, no entanto, passaram a ocorrer com maior frequência em função da fragilidade no sistema de monitoramento da unidade, como explicou o 2º vice-presidente do Sinpoljuspi, Zé Roberto.
“Houve um tempo em que esses arremessos cessaram, depois da prisão de um ex-detento, e agora recomeçaram com força total. Acreditamos que eles [suspeitos] devem ter recebido informações, por parte de presos que trabalham na área externa e que estavam tentando fazer o conserto das câmeras de monitoramento, pois, infelizmente, a Secretaria de Justiça não disponibiliza os funcionários capacitados das empresas para fazer esse reparo. Então se coloca os presos que entendem de eletrônica para fazer 'gambiarras'”, pontuou.
Para o Sinpoljuspi, desde que o sistema de monitoramento parou de funcionar, ocorrências semelhantes com as de hoje têm se repetido. “Desde quando as câmeras apresentaram defeito e não foram consertadas pela Secretaria de Justiça, recomeçaram os arremessos para cima do teto da unidade, um teto que está com as telas comprometidas, mas hoje os policiais penais verificam um barulho no momento do arremesso e foi possível recolher esse material ilícito”, completou.
O que diz a Secretaria de Justiça
Ao GP1, o diretor de Inteligência da Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus), delegado Charles Pessoa, disse que dentro das 17 unidades penais do estado existem trabalhos para extinguir a comunicação entre fornecedores e interceptadores de materiais ilícitos.
“Primeiro a gente precisa destacar esse processo da evolução da Sejus, nós temos 17 unidades prisionais e dentro dessas unidades nós conseguimos extinguir essa comunicação para entrada de materiais ilícitos nos locais. Existe sim, infelizmente alguma comunicação na unidade de Parnaíba, mas isso está praticamento extinto, nós tentamos responsabilizar quem realiza esse arremesso de entorpecentes em unidades prisionais. Essa situação será resolvida e é importante a gente destacar a Sejus está buscando extinguir a comunicação para todos os estabelecimentos prisionais. Quando ocorrem casos assim, nós repassamos para a Polícia Civil, pois nós não temos competência de Polícia Judiciária”, destacou Charles.
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