Quinze dias após anunciar da tribuna que estava se afastando do mandato para tratamento de saúde, o vereador Carlos Luís Nunes de Barros (PSDB) recuou. Ele desistiu da ideia e retornou as atividades parlamentares na Câmara Municipal de Picos, tendo participado, inclusive, da sessão ordinária de quinta-feira à tarde, 1º de junho.
O vereador disse que após anunciar seu afastamento do mandato dia 18 de maio, viajou até a cidade de Curitiba. Porém, lá na capital curitibana ficou sabendo que tinha havido um problema no pedido de licença para tratamento de saúde. Em razão disso, não haveria a convocação do primeiro suplente da coligação “Juntos para continuar crescendo”, formada pelos partidos do PSDB, PSL, PDT, PTC, PMN e PCdoB, Antônio de Moura Martins (PCdoB).
“Então eu fiz questão de retornar! Estou chegando a Picos, vou conversar com o presidente da Câmara para saber quais são os motivos que o levaram a não submeter o meu pedido de afastamento. Só assim eu poderei dá uma resposta conclusiva para toda a comunidade picoense” – argumentou Carlos Luís (PSDB).
- Foto: José Maria Barros/GP1 Carlos Luís
Questionado se tinha protocolado junto à Secretaria da Câmara o pedido de licença, o vereador Carlos Luís disse que não. “Eu só entregaria o requerimento que está assinado aqui no gabinete com minha secretária, quando eu tivesse a confirmação de que iria ser submetido e aprovado pelo plenário” – justificou.
Outro lado
O presidente da Câmara Municipal de Picos, Hugo Victor Saunders Martins (PMDB), contestou as alegações do vereador Carlos Luís (PSDB) e reafirmou que a mesa diretora da casa não tem nada a ver com a decisão do tucano de desistir do pedido de licença.
Hugo Victor explicou que existem dois tipos de requerimentos para o vereador se licenciar. O primeiro é por motivos pessoais e o parlamentar fica sem a remuneração. O outro é para tratamento de saúde e nesse caso o interessado tem que trazer um laudo, um atestado médico, que será encaminhado ao INSS para perícia. Se for aprovada pelo Instituto o parlamentar recebe o teto máximo previsto em lei.
- Foto: José Maria Barros/GP1 Hugo Victor
“Infelizmente ele não se adequou a nenhum dos dois tipos de requerimento e não apresentou o pedido de licença”. A presidência da Câmara não tem nada a ver com isso. Se o vereador Carlos Luís quiser tirar sua licença é um direito dele. Ele cobra tanto que a gente cumpra o Regimento Interno e a Lei Orgânica do Município, que ele também cumpra, que sirva para ele também e não apenas para presidência” – alfinetou Hugo Victor.
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