Nesta quinta-feira (2) o governador Wellington Dias (PT) e o secretário estadual de Cultura, Fábio Novo (PT), inauguraram o Museu do Piauí que passou por uma grande reforma. Agora ele conta com mais itens e espaços diferenciados para o público.
Em entrevista ao GP1 o secretário Fábio Novo falou sobre o trabalho realizado para organizar as peças do museu e para apresentá-las de forma mais eficiente para o público. Uma equipe liderada pelo arquiteto Paulo Vasconcelos, com mais de 80 alunos, foi responsável por reformular o museu.
“Nós aqui fizemos um trabalho não só da reforma física de uma das primeiras construções de Teresina, de 1959, com fizemos uma estrutura nova. A fachada que é bonita terá uma linda iluminação de Led. Além disso, fizemos um trabalho de museografia nova que é justamente o conteúdo que se tem dentro do museu. Um trabalho que se tem como líder o professor Paulo Vasconcelos, da Universidade Federal do Piauí, que é arquiteto e coordenou uma equipe de 80 voluntários, de história, arqueologia, sociologia, fotógrafos e arquitetos, que rodaram 4 mil km no Piauí para que pudessem trazer de cantos mais diversos do Estado um pouco da nossa memória e história”, afirmou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Fábio Novo
Para o governador Wellington Dias é importante ter um espaço que conte a história do Piauí. “É um trabalho que a gente iniciou em 2015, fazendo orçamentos e levantamentos, onde agora podemos entregar pronto. O secretário Fábio Novo e a sua equipe se dedicaram para que a gente pudesse entregar hoje o nosso museu. Não só recuperando aquilo que encontramos, mas ampliando aqui os equipamentos, o que marca a nossa cultura e história, assim como a cultura indígena, afrodescendente, portuguesa. Para mim é uma alegria, pois Teresina, como capital, o nosso museu é um dos mais frequentados, então ele agora pode receber as pessoas do Piauí e pessoas que vem de outros lugares que vão encontrar um museu bem mais preparado, para quem quer apenas um simples conhecimento ou uma pesquisa mais elaborada”, disse o governador.
Wellington Dias acredita que o novo museu poderá esclarecer pontos importantes da história piauiense, que muitos desconhecem. “É importante poder ampliar conhecimentos da nossa própria história. Eu destaco um olhar novo. Muitos acreditam que a existência do Piauí fosse só dos portugueses para cá, e não é. Na verdade quando os portugueses, africanos e espanhóis, em fim, quando outros colonizadores chegaram já tinham outros povos aqui. Então é contar a história com um pouco mais de profundidade”, explicou Wellington.
- Foto: Lucas Dias/GP1Wellington Dias
Conheça um pouco sobre o museu
Fábio explicou que uma das coisas mais importantes é o resgate de conteúdos e peças histórias. O museu terá uma área dedicada apenas para a cultura indígena e para os povos quilombolas.
“O museu não tinha, por exemplo, um sala para os povos indígenas. Temos uma sala que a pesquisa que foi feita por essa equipe, permite que a gente tenha fotos das populações indígenas remanescentes do Piauí. Para que a gente tenha acervo, temos um pilão de pedra dos índios Cariri de 3 mil anos da região Queimada Nova. Temos também uma sala que foi feita especialmente para toda a cultura afrodescendente, onde visitamos populações remanescentes quilombolas. Temos fotografias dessas populações e muitos objetos que passam integrar o museu do Piauí”, explicou.
Outras peças históricas foram usadas com o objetivo de trazer mais personalidade ao ambiente. “Temos o gabinete do governador Eurípedes de Aguiar, um auditório climatizado com sistema de projeção e móveis de época, com todas as cadeiras que compunham o antigo Tribunal de Justiça que funcionou aqui. Ficou muito charmoso. Tem um café bar na sua parte externa, que tem uma linha do tempo. O museu deixou de ser apenas um espaço amontoado de coisas. Então foi tudo pensando. Temos a pinacoteca e estamos abrindo aqui uma exposição temporária de 4 fotógrafos”, explicou.
A diretora do museu Dora Medeiros afirmou que esse “é um momento especial para o estado do Piauí. A memória do povo do Piauí está aqui nesse palácio. O museu histórico, clássico e com um acervo eclético, que está mostrando o nosso lado da cultura popular, homenageando a nossa cultura afro e indígena, temos uma sala para a arte sacra que é belíssima. Toda essa museografia é do arquiteto Paulo Vasconcelos. Eu acho que é um momento do povo do Piauí estar aqui. Cada peça conta desde a pré história ao momento atual”, disse a diretora ao GP1.
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