O desembargador Kassio Nunes Marques, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF), minimizou mais uma vez a inconsistência verificada em seu currículo sobre um curso feito na Espanha.
Em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Marques afirmou que não fez nenhuma pós-graduação no país europeu e apontou uma confusão na tradução do termo ‘postgrado’ apresentado por ele.
“A expressão foi inserida com fidelidade e na forma exata como constou da programação do curso da Espanha. Não há menção a pós-graduação nenhuma na Espanha”, disse Marques em sua fala inicial na CCJ.
Conforme o Estadão revelou, o currículo do magistrado traz um curso de pós-graduação que não é confirmado pela Universidad de La Coruña, na Espanha. O desembargador atribuiu a inconsistência a uma confusão no termo “postgrado”, em espanhol, afirmando que a palavra não tem o mesmo significado no Brasil e que serve para classificar qualquer curso realizado após uma graduação.
O fato é que ‘postgrado’ é, sim, pós-graduação, nos mesmos moldes definidos pelo entendimento no Brasil ou no exterior. Além disso, a própria Universidad de La Coruña foi clara em sua resposta, referindo-se exatamente ao mesmo termo – postgrado – para afirmar que não houve o curso.
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