O Ministério Público do Ceará está investigando um deputado estadual, cuja identidade permanece em sigilo, por envolvimento em um esquema de funcionários fantasmas em seu gabinete. De acordo com as apurações, o parlamentar teria utilizado salários de assessores parlamentares para quitar uma dívida contraída com um advogado, que também seria agiota.
A Polícia Civil cumpriu oito mandados de busca e apreensão contra servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
Segundo as investigações, o deputado recorria ao advogado para obter empréstimos financeiros. Em seguida, oferecia cargos de assessor parlamentar em seu gabinete para que o jurista indicasse nomes. Esses assessores, que não exerciam as funções efetivamente, repassavam parte dos salários para quitar as dívidas do parlamentar.
As buscas foram realizadas nas residências dos suspeitos, localizadas em Fortaleza e Maracanaú. Durante a operação, foram apreendidos celulares, computadores e documentos que poderão contribuir para o andamento das investigações.
Na ocasião, o deputado Júlio César Filho (PT) divulgou uma nota nessa terça-feira, informando que que não foi alvo de nenhuma operação realizada pelo Ministério Público, mesmo sem ser citado pelo órgão. "Sigo trabalhando, com o compromisso irrefutável, de defender os cearenses com transparência e seriedade, marcas que tenho construído em toda a minha trajetória. Estou à disposição para colaborar com o Ministério Público e a Justiça, caso seja necessário", escreveu Júlio César em suas redes sociais.
Ver todos os comentários | 0 |