O Ministério Público do Maranhão, através da 5ª Promotoria Especializada de Timon, denunciou três funcionários e um ex-funcionário do Banco do Brasil de Timon pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato em um esquema fraudulento de concessão de consórcios, que causou um prejuízo de mais de meio milhão de reais à instituição financeira. Outras seis pessoas também foram denunciadas à Justiça nessa quinta-feira (05).
De acordo com o MP, a investigação conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção de Timon (DECCOR) da Polícia Civil do Maranhão, que teve início em outubro de 2020, constatou que o esquema consistia na liberação fraudulenta de pagamentos de consórcios de serviços oferecidos pelo Banco do Brasil de Timon, mediante apresentação de notas fiscais falsas no ato da contratação do produto.
Durante as investigações, verificou-se que o esquema criminoso contava com a participação de três funcionários do Banco do Brasil, os quais tinham acesso aos sistemas para inclusão de informações e a posterior liberação dos pagamentos de consórcios contratados por cônjuges, parentes próximos ou pessoas conhecidas.
Notas fiscais falsas
Para concretizar o crime, os investigados fraudavam notas fiscais de empresas que eram clientes do Banco do Brasil e, dessa forma, concluíam o contrato, lesando a instituição financeira. As empresas em nada tinham relação com a organização criminosa.
Após ter acesso aos valores, os investigados passaram a não honrar com os pagamentos, fato que ensejou o início dos levantamentos de informações, que culminaram na instauração do inquérito.
Segundo a denúncia, para escoar do dinheiro proveniente da fraude, a organização criminosa utilizava-se de empresas criadas, justamente, para a devida finalidade.
Funcionários do Banco do Brasil denunciados
Um ex-funcionário é apontado como a pessoa responsável por cooptar os três funcionários da agência bancária, que faziam o contato direto com as demais pessoas beneficiadas diretamente no esquema.
Ao término das investigações, o Ministério Público ofereceu denúncia contra 10 pessoas pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. O MP requereu ainda o afastamento dos funcionários de suas atividades no Banco do Brasil, justificando a possibilidade de reiteração das condutas e novos danos ao patrimônio da instituição financeira.
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