Paulo Vitalino
Herdeiro da segunda geração de uma dinastia familiar, Bashar Al-Assad comandou a Síria por 24 anos. Porém, o ditador foi deposto na manhã deste domingo (08), após rebeldes realizarem uma ofensiva se aproximando de Damasco, capital do país, dando novos rumos a história local. O governo do ditador até demonstrou uma imagem de gestão menos opressora, mas essa imagem caiu após prender acadêmicos e intelectuais.
Bashar Al-Assad virou presidente da Síria depois de seu pai, Hafez al-Assad, que estava desde 1971 sob o comando do país. Na ocasião, ele tomou o poder sem qualquer oposição, por meio de um referendo, sendo reeleito em 2007. No início, o local parecia que iria tomar novos rumos, já que seu pai fez um governo opressor, porém, o sucessor se mostrou ter o mesmo punho.
Tudo caiu por terra em 2011, em meio a Primavera Árabe, quando o Oriente estava passando por manifestações contra os regimes opressores. Duramente os atos pró-democracia, Bashar Al-Assad reprimiu fortemente os manifestantes com força brutal, ocasionando o início de uma guerra civil na Síria. O ditador justificou bombardeios e campanhas militares como ações contra terroristas.
O sucessor natural de seu pai era o irmão mais velho de Bashar, Bassel Al-Assad, que morreu em um acidente de carro em 1994. Bashar estava estudando oftalmologia em Londres, mas foi lançado e preparado para governar o país, fazendo ciência militar e se tornando coronel do exército do país, que enfrentou 13 anos de guerra civil, ocasionando milhares de mortes e pessoas deixando suas casas, resultando na maior crise de deslocamento mundial, de acordo com a ONU.
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