A candidata Tabata Amaral (PSB) declarou apoio ao deputado Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo. Apesar de destacar as diferenças entre seus projetos, Tabata afirmou que não poderia apoiar o atual prefeito Ricardo Nunes, mencionando que seu voto em Boulos reflete a expectativa de seus eleitores.
Durante o anúncio, Tabata reiterou que sua decisão não significa que compartilha da mesma visão política que Boulos, mas que se trata de um voto de coragem. "Eu vou votar em Guilherme Boulos [no 2º turno]. Porque eu não conseguiria jamais colocar o meu voto em um projeto liderado por Ricardo Nunes. São projetos diferentes, mas a gente vai seguir caminhando manhã, tarde e noite para que a gente possa ter São Paulo do jeito que a gente merece", disse. Ela ressaltou que essa escolha está alinhada com o que as 600 mil pessoas que a apoiaram esperam dela, referindo-se à sua base de eleitores.
A candidata também fez duras críticas a Ricardo Nunes, classificando-o como "o pior prefeito que São Paulo já teve" e mencionando problemas como o aumento da desigualdade e o número crescente de pessoas em situação de rua. Segundo Tabata, é inaceitável que uma cidade como São Paulo, a mais rica do país, tenha 80 mil moradores de rua e tenha caído tanto nos índices de educação. "São Paulo vai ter a melhor educação pública do Brasil. Não vai ser agora, infelizmente. Mas eu tenho convicção de que essa caminhada só começou", afirmou.
Tabata recebeu 9,94% dos votos no primeiro turno, com 99% das urnas apuradas. O atual prefeito Ricardo Nunes ficou com 29,52%, enquanto Guilherme Boulos obteve 29,03% e Pablo Marçal, 28,13%. Esses números mostram um cenário acirrado para o segundo turno, com a aliança de Tabata a Boulos podendo influenciar significativamente o resultado final.
Em agosto, Tabata havia declarado que não apoiaria ninguém caso não fosse ao segundo turno. "Estarei no 2º turno, não vou apoiar ninguém, é uma convicção que carrego", disse na época, afirmando que estava acostumada a ser subestimada. No entanto, com o fim do primeiro turno, a candidata mudou sua postura, optando por se posicionar diante do embate entre Nunes e Boulos.
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