A previsão dos economistas sobre a inflação subiu pela sétima semana consecutiva, conforme o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (2). Analistas consultados pelo Banco Central projetam que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) fechará o ano em 4,26%, um aumento em relação à semana anterior, quando a previsão era de 4,25%.
Desde 15 de julho, a expectativa para o IPCA vem crescendo, partindo de 4%. Para 2025, a previsão caiu ligeiramente de 3,93% para 3,92%, enquanto as projeções para 2026 e 2027 permanecem inalteradas em 3,6% e 3,5%, respectivamente.
Além disso, o PIB (Produto Interno Bruto) também teve sua projeção elevada para 2,46% neste ano, marcando a terceira semana consecutiva de alta. O dólar apresentou uma leve alta, cotado a R$ 5,33, um aumento de R$ 0,01 em comparação com a semana anterior.
Na última sexta-feira (30), o Banco Central interveio no câmbio com um leilão de US$ 1,5 bilhão e a venda de 30 mil contratos de swap, visando conter a valorização da moeda americana. Essa operação se resumiu ao Banco Central ter vendido dólares de suas reservas internacionais. Ao vender dólares, o Banco Central aumenta a oferta de dólares no mercado. Com mais dólares disponíveis, a tendência é que o preço do dólar em relação ao real diminua ou, pelo menos, pare de subir.
Além de vender dólares diretamente, o Banco Central também ofereceu contratos de swap cambial. Esses contratos funcionam como uma proteção para os investidores contra a alta do dólar, sem que eles precisem comprar dólares no mercado à vista. Isso ajuda a aliviar a pressão de compra no mercado e, consequentemente, pode ajudar a conter a valorização do dólar.
A taxa Selic, por sua vez, foi mantida em 10,5% para este ano, com previsões de 10% para 2025, 9,5% para 2026 e 9% para 2027.
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