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Economia e Negócios

Galípolo diz que não vê ataque especulativo com alta do dólar

"Ataque especulativo não representa bem como o movimento está acontecendo no mercado hoje", disse.

O diretor de Política Monetária do Banco Central e futuro presidente da instituição, Gabriel Galípolo, negou a existência de um “ataque especulativo coordenado” por parte do mercado financeiro que esteja influenciando a disparada do dólar.

A declaração ocorreu nesta quinta-feira (19), durante uma coletiva de imprensa, na qual foi apresentado o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central.


Foto: José Cruz/Agência BrasilGabriel Galípolo
Gabriel Galípolo

“Não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico, uma coisa só, coordenada. O mercado funciona geralmente com posições contrárias; tem alguém comprando e alguém vendendo. Quando o preço de um ativo [como o dólar] se mobiliza em uma direção, há vencedores e perdedores. Ataque especulativo não representa bem como o movimento está acontecendo no mercado hoje”, disse Galípolo.

No pregão desta quinta-feira, o dólar chegou a R$ 6,30 na máxima do dia. Ontem, a moeda fechou em alta, cotada a R$ 6,26, novo valor recorde na série histórica.

Indicado por Lula

Galípolo, que deve tomar posse na presidência da instituição em janeiro, também disse que o presidente Lula tem confiança nele. “O Banco Central tem todas as ferramentas necessárias para perseguir a meta e atingi-la, sim, seja do ponto de vista técnico da política monetária, seja do ponto de vista institucional. O Banco Central tem toda a autonomia e toda a confiança do presidente da República também”, completou.

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