Davi Fernandes
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 4,12% para 4,2% em 2024, conforme o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (12). Para 2025, a projeção da inflação variou de 3,98% para 3,97%, enquanto para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente. Em julho, a inflação foi de 0,38%, impulsionada pelos preços da gasolina, passagens de avião e energia elétrica.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,5% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em julho, o BC decidiu manter a Selic, após um ciclo de sete reduções entre agosto de 2023 e maio de 2024. O mercado financeiro prevê que a Selic encerre 2024 no mesmo patamar atual e caia para 9,75% ao ano em 2025, e para 9% ao ano em 2026 e 2027.
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira em 2024 se manteve em 2,2%. Para 2025, a expectativa é de um crescimento de 1,92% do Produto Interno Bruto (PIB), e para 2026 e 2027, a estimativa é de uma expansão de 2% ao ano. Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, superando as projeções, com um valor total de R$ 10,9 trilhões.
A previsão de cotação do dólar para o fim de 2024 está em R$ 5,30, mantendo-se nesse patamar até o fim de 2025. O sistema de meta contínua de inflação, que entrará em vigor a partir de 2025, fixou o centro da meta em 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O Boletim Focus é uma pesquisa semanal do Banco Central que reúne as expectativas de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos do país. A meta de inflação para 2024 é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
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