O mês de julho foi 16º seguido em que as demissões no mercado de trabalho superaram as contratações no país. Em relação a julho do ano passado as demissões diminuíram, mas a situação continua crítica.
De acordo com informações do G1, só no mês passado, o mercado brasileiro fechou quase 95 mil vagas com carteira assinada. Os setores que mais demitiram funcionários foram o de serviços, a construção civil e o comércio. Já no acumulado de janeiro a julho deste ano, o Brasil perdeu 623,5 mil vagas de trabalho com carteira assinada. Esse foi o pior desempenho desde o ano de 2002, quando o Ministério do Trabalho passou a fazer esse tipo de levantamento.
- Foto: DivulgaçãoCarteira de trabalho
Segundo o economista Fabio Romão, a situação pode piora. "Por conta do primeiro trimestre, o desempenho ainda é ruim e no fechamento do ano é provável que a gente tenha um fechamento líquido de um 1,1 milhão de postos", calcula o economista.
Fabio diz ainda que os cortes vão continuar enquanto o país não superar a crise política e os empresários e as famílias não retomarem a confiança. Mas ele diz que no meio disso tudo há uma notícia boa: parte da indústria começou a virar o jogo. "A indústria de alimentos, a indústria calçadista, a indústria do têxtil e do vestuário; esses subsetores industriais já estão com saldo líquido positivo, contratando mais do que demitindo", afirma Fábio.
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