Rauena Pinheiro
O ex-presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo em suas redes sociais nesse domingo (23), fazendo uma comparação entre os presos dos atos de 8 de janeiro e o caso do sequestro do empresário Abílio Diniz, ocorrido em 1998.
Na época do caso Diniz, o atual presidente da República e, então, sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva teria solicitado ao presidente da época, Fernando Henrique Cardoso, a libertação dos sequestradores.
Ainda na publicação, o ex-presidente mencionou a anistia e convocou um ato para o dia 6 de abril, na Avenida Paulista, em São Paulo, pela anistia dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
“Em 1998, o sindicalista Lula da Silva procurou o então presidente FHC e pediu pela libertação dos sequestradores de Abílio Diniz. [Lula] disse a FHC que ele tinha a oportunidade de passar para a história como um grande democrata”, afirmou Bolsonaro.
Além disso, Jair Bolsonaro afirmou que os sequestradores estrangeiros foram soltos e o único brasileiro recebeu indulto presidencial. Ainda no vídeo, ele criticou as condenações dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e mencionou a morte de Clériston Pereira da Cunha, conhecido como “Clesão”, como um exemplo de injustiça do sistema judicial. O ex-presidente também lembrou do caso de Débora Rodrigues dos Santos, que está com o julgamento em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
No Congresso Nacional, há um debate sobre a anistia. Os aliados de Bolsonaro defendem, enquanto outras alas da direita defendem a extinção das punições impostas pelo STF.
A oposição reagiu às declarações de Bolsonaro. O deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), por exemplo, afirmou que “o Brasil não pode esquecer os atos golpistas de 8 de janeiro” e se posicionou contra a anistia.
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