Nesta quinta-feira (20), o advogado Celso Vilardi, representante de Jair Bolsonaro, afirmou que solicitará ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid. O depoimento tem sido utilizado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) na denúncia da PGR que acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa armada, tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito, bem como outros crimes.
O advogado ressaltou que ficou surpreendido por ter que pedir a anulação da delação, visto que se trata de um processo envolvendo golpe de Estado. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, retirou o sigilo das delações de Cid e disponibilizou os vídeos dos depoimentos para a imprensa.
Vilardi criticou a condução de Moraes, afirmando que o ministro marcou uma audiência a fim de salvar a delação. “Pode isso? O juiz da causa pode dizer para o colaborador que se ele não falar a verdade ele vai ser preso e perde a imunidade para a sua filha, para sua mulher e para o seu pai? O juiz pode fazer o papel de instrução no processo acusatório? Precisamos discutir isso”, pontuou Vilardi.
O relatório sugere ainda que o objetivo era criar uma falsa realidade de fraude eleitoral, a fim de justificar a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022 e embasar ações subsequentes. A investigação apontou também que Bolsonaro estava ciente de um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
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