A defesa de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, apresentou à Justiça dos Estados Unidos (EUA) uma denúncia de possível fraude no caso envolvendo seu nome. Os advogados ingressaram com dois processos no exterior, com o objetivo de esclarecer a alegada entrada de Martins no país em dezembro de 2022.
Registros de imigração da Flórida foram utilizados como argumento para justificar a prisão de Martins, que durou seis meses. Na época, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alegou que o ex-assessor poderia fugir do Brasil. Martins foi libertado em agosto do ano passado e, atualmente, cumpre medidas restritivas. O ex-assessor teria sido implicado em uma tentativa de golpe de Estado.
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No entanto, documentos obtidos pela defesa indicam que Martins não esteve nos EUA na data mencionada por Moraes. Os advogados anexaram ao processo bilhetes de passagens aéreas, comprovantes de viagens de Uber e até um parecer do governo norte-americano.
A defesa de Filipe Martins solicitou à imigração dos EUA (Customs and Border Protection) o histórico completo de entradas e saídas do ex-assessor no país. Além disso, requereu informações sobre quem inseriu, alterou ou deletou dados de Martins no sistema. Também foi pedido a abertura de um inquérito para apurar os fatos.
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