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Lula lidera o declínio da democracia e da economia na América Latina, diz WSJ

Avaliação foi feita pela colunista Mary Anastasia O’Grady em artigo publicado no The Wall Street Journal.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi apontado como figura central no declínio da democracia e da economia na América Latina, segundo artigo publicado no The Wall Street Journal no domingo (17). A colunista Mary Anastasia O’Grady descreveu como irônica a proposta de Lula de erradicar a fome e a pobreza até 2030, destacando que suas políticas, tanto domésticas quanto internacionais, colocam o Brasil em uma trajetória preocupante desde o início de seu terceiro mandato.

A jornalista avaliou que a democracia na região enfrenta sérias ameaças, destacando o fortalecimento do autoritarismo e o enfraquecimento do capitalismo democrático. A análise inclui países como México, onde emendas constitucionais reduziram a independência de instituições essenciais, e El Salvador, que substituiu a democracia pela busca de segurança. Países como Venezuela, Bolívia e Cuba são apontados como redutos do tráfico de drogas e autoritarismo. No Brasil, o governo de Lula é acusado de apoiar regimes questionáveis, como o de Nicolás Maduro na Venezuela, ao lado de México e Colômbia, contrariando posicionamentos democráticos de organizações internacionais.


O artigo também critica a postura de Lula como um "dinossauro da Guerra Fria", com ideias centralizadas e alinhadas a parceiros do grupo BRICS, como Rússia e China. Mary Anastasia destacou que o Brasil busca reduzir a influência do dólar e do Ocidente nas finanças globais, enquanto propõe um imposto global sobre fortunas, que poderia arrecadar cerca de US$ 250 bilhões para combater mudanças climáticas e a pobreza. No entanto, a colunista questionou a credibilidade dessa ideia, considerando o histórico de corrupção associado ao Partido dos Trabalhadores.

Na economia, o texto alerta para o risco de o Brasil se aproximar de um modelo de "república de bananas", com crescente déficit fiscal e perda de responsabilidade nas contas públicas. Dados do Goldman Sachs indicam que o déficit do setor público atingiu 9,34% do PIB, pressionando o real e obrigando o Banco Central a manter altas taxas de juros para conter a inflação. Esse cenário, segundo Mary Anastasia, impacta negativamente pequenas e médias empresas, ao contrário da narrativa de que as políticas de Lula priorizam os cidadãos comuns.

Com a substituição do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por Gabriel Galípolo, há dúvidas sobre a manutenção da autonomia da instituição. A colunista conclui que qualquer interferência no Banco Central poderá trazer consequências mais severas para os mais vulneráveis, destacando os desafios econômicos e políticos que colocam o Brasil e outros países da América Latina em um cenário incertos.

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