O líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Sargento Fahur (PSD-PR), conhecido por seu apoio declarado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro Luiz Fux solicitou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o caso.
A motivação da ação movida por Marcola está relacionada a declarações feitas por Fahur em um podcast transmitido no YouTube. No programa, o deputado afirmou que, durante uma visita à Penitenciária Federal de Brasília (DF), agentes de segurança teriam lhe confidenciado que Marcola toma remédios fortes para evitar sangramentos nas fezes. Fahur também mencionou que esses problemas de saúde seriam resultado da inserção inadequada de "baterias" no ânus do criminoso.
A defesa de Marcola busca esclarecimentos sobre as declarações de Fahur e quer saber se o deputado possui comprovação ou se consultou o prontuário médico do líder do PCC. Caso as respostas sejam positivas, os advogados de Marcola pretendem alegar que Fahur divulgou informações "relativamente sigilosas" obtidas em razão de seu cargo público, o que configuraria "justa causa" para ação judicial.
A defesa de Marcola esclarece que a intenção da ação não é incitar qualquer elemento subjetivo do tipo na conduta de Fahur, nem produzir provas, mas sim compreender a situação obscura apresentada pelo deputado em um podcast amplamente divulgado.
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