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PGR omite falas de Cid que contradizem denúncia contra Bolsonaro

A PGR denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro em 18 de fevereiro por um suposto golpe de estado.

A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Jair Bolsonaro (PL) utiliza como base, entre outros, a delação de Mauro Cid para incriminar o ex-presidente. No entanto, a peça omite trechos dos depoimentos do ex-ajudante de ordens que poderiam relativizar as acusações.

Assinada por Paulo Gonet, procurador-geral da República, a peça aponta o envolvimento direto ou indireto de Bolsonaro em alguns episódios cruciais, como o monitoramento e o plano para prender ou matar o ministro Alexandre de Moraes, a avaliação de minutas de um decreto que poderia impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o suporte e o financiamento da manifestação em frente ao Quartel General do Exército e o conhecimento ou o estímulo às invasões de 8 de janeiro de 2023.


Foto: Rosinei Coutinho/STFPaulo Gonet
Paulo Gonet, procurador-geral da República

No entanto, o procurador não menciona na peça declarações do ex-ajudante de ordens nas quais ele afirma não saber se Bolsonaro tinha conhecimento do plano golpista de 2022, que previa impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Além disso, em diferentes momentos, Cid minimiza reuniões de militares que a PGR aponta como parte da conspiração.

Demais pontos omitidos pela PGR na denúncia contra Bolsonaro

A versão de Cid, omitida na denúncia, é que ele não sabe se Bolsonaro teve conhecimento do plano, denominado Punhal Verde Amarelo. “Eu não tenho ciência se o presidente sabia ou não do plano que foi tratado, do Punhal Verde Amarelo, e se o general Mário levou esse plano para ele ter ciência ou não”.

Monitoramento de Alexandre de Moraes

Segundo Cid, Bolsonaro solicitou o monitoramento estaria irritado com encontros entre Moraes e o então vice-presidente, Hamilton Mourão. O que diz Mauro Cid: “Um deles [objetivo] é que ele [Bolsonaro] recebeu a informação que o general Mourão estaria se encontrando com ele [Moraes] em São Paulo, então foi uma maneira de verificar se essa informação era verdade ou não...”.

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