Um dia antes de ser preso pela Polícia Federal (PF), em São Paulo, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou com uma queixa na Organização das Nações Unidas (ONU), mas nesta terça-feira (22) a organização declarou a rejeição do pedido da soltura do petista.
“O Comitê de Direitos Humanos não concederá medidas cautelares no caso de Lula da Silva”, afirmou Julia Gronnevet, porta-voz de Direitos Humanos da ONU. Apesar da declaração, o caso do ex-presidente ainda não foi encerrado por completo nas Nações Unidas e o governo brasileiro terá mais seis meses para responder perguntas da entidade, que desde 2016 avalia o caso.
- Foto: Márcio Fernandes/EstadãoLuiz Inácio Lula da Silva
Em entrevista ao Estadão, um dos membros do Comitê da ONU, Oliver de Frouville, explicou que “não houve um dano irreparável” com a prisão do petista. Para o comitê danos irreparáveis seria a perda de direitos políticos ou civis.
“Tomamos medidas cautelares quando há um risco de dano irreparável”, afirmou. “Não estávamos convencidos de que isso era o caso”, continuou Frouville. Apesar de afirmar que o “estado presente é ainda muito incerto”, Frouville disse que “não há risco pessoal ainda’.
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