Bolsonaro afirma que recebeu convite para a posse de Trump e busca reaver passaporte

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quarta-feira (8) que recebeu um convite do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para participar de sua posse, marcada para o dia 20 de janeiro. A declaração foi publicada na plataforma X (antigo Twitter), onde Bolsonaro expressou sua honra pelo convite.

Bolsonaro agradeceu publicamente ao deputado federal Eduardo Bolsonaro, seu filho, pelo trabalho realizado no estreitamento das relações com a família Trump. “Estou honrado com o convite e grato ao trabalho incansável de Eduardo para fortalecer os laços entre nossas famílias e nações”, declarou o ex-presidente.

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No entanto, o ex-presidente enfrenta obstáculos legais para comparecer à cerimônia. Desde fevereiro de 2024, ele está impedido de sair do Brasil, após a Polícia Federal reter seu passaporte no âmbito de investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Para viabilizar sua viagem, o advogado do ex-presidente, Paulo Bueno, encaminhou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a devolução do documento.

“Meu advogado, Dr. Paulo Bueno, já encaminhou para o Ministro Alexandre de Moraes pedido para eu reaver meu passaporte e assim poder atender a este honroso e importante evento histórico”, escreveu Bolsonaro em sua publicação.

No mesmo post, Bolsonaro compartilhou um vídeo de Eduardo Bolsonaro, no qual o deputado federal critica a decisão judicial que reteve o passaporte de seu pai. Eduardo afirmou que Trump se solidarizou com Bolsonaro, comparando a situação do ex-presidente brasileiro às supostas perseguições judiciais enfrentadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos. O deputado descreveu essas ações como um “ativismo judicial nojento, repugnante, baixo e sem escrúpulos”.

Durante a campanha presidencial norte-americana, Bolsonaro manifestou apoio público a Donald Trump. No dia 3 de novembro de 2024, publicou um vídeo destacando a importância do retorno do republicano ao poder. Bolsonaro elogiou a liderança de Trump, afirmando que seu governo projetava força e promovia paz global. Segundo ele, no período do republicano, não havia conflitos, terrorismo ou censura, o que garantia um mundo mais seguro.