- Foto: DivulgaçãoJúlio César Cardoso
Agora, o espaço ministerial na Saúde está como o diabo gosta: Nise Yamaguchi ou Osmar Terra, ambos pró-cloroquina e fim da quarentena.
Bolsonaro, que decepção! Tem que ser julgado por um Tribunal Internacional por suas atitudes desumanas ao minimizar a gravidade da COVID-19 no Brasil, hoje, quase considerado o epicentro mundial da doença.
Se do lado de cá dos brancos, Bolsonaro pouco se preocupa com o efeito devastador da pandemia, imaginem do lado de lá dos povos indígenas, na Amazônia, abandonados a toda sorte, sem assistência médica e instrumental nas aldeias: muitos morrerão. Será um extermínio. E o governo brasileiro poderá responder criminalmente e ser julgado por crime contra a humanidade.
Somente mentecaptos e empedernidos seguidores do capitão continuam lhe dando apoio. Trata-se de um despótico dirigente que desrespeita os seus próprios ministros e que não sabe se comportar de acordo com os pressupostos do Estado Democrático de Direito.
Com a exoneração do Ministro da Saúde Nelson Teich, sobe para nove o número de ministros que deixaram o governo: Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Sérgio Moro (Justiça e Segurança), Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional), Osmar Terra (Cidadania), Floriano Peixoto (Secretário Geral), Gustavo Bebiano (Secretário Geral), Ricardo Veléz (Educação) e Carlos Santa Cruz (Secretaria de Governo).
Causa estranheza que membros das Forças Armadas ainda lhe deem sustentação. Prepotente ao extremo, Bolsonaro considera-se acima dos demais poderes, desrespeita a recomendação mundial da saúde, peita a Suprema Corte e o Congresso, e de forma ditatorial proclama que todos os ministros têm que estar alinhados às suas determinações, mesmo que estas afrontem a racionalidade e o bom senso, como ficou bem demonstrado com o pedido de exoneração apresentado pelo recém-ministro da Saúde, Nelson Teich, que veladamente foi embora por discordar do presidente Bolsonaro no trato da COVID-19.
Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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