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*Júlio César Cardoso

Imagem: GP1Júlio César Cardoso(Imagem:GP1)Júlio César Cardoso
Neste período de eleição em que alguns senadores tentam a reeleição ou eleição a deputado federal/estadual, e outros pretendem ser governantes, é oportuno analisar até onde os ilustres senadores são éticos e morais diante do respeito à coisa pública.

Evocando a frase "corrupto é o outro", aproveito o ensejo para fazer a seguinte constatação de corrupção consentida no Senado Federal. Pois bem, muitos eleitores não sabem, e se soubessem certamente ficariam indignados, que no Senado Federal todos os senadores e famílias, bem como os ex-senadores têm direito gratuitamente e de forma perene à assistência médico-hospitalar, e tudo pago pelo contribuinte.

A benesse pública não está amparada em lei, mas sim em ato normativo interno do Senado. Os "ilustres" senadores jamais combateram essa imoralidade, que afinal representa "corrupção passiva" – recebimento de vantagem indevida, Art. 317 do Código Penal. No entanto, os senhores senadores não veem nenhum problema em seus comportamentos éticos e morais dentro do estamento.

Assim, com que lisura de caráter público pode o senador pretender disputar algum pleito se ele não é exemplo de moralidade pública?

*Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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