*Júlio César Cardoso
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Rio organiza um ato para pedir a anulação do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Marcado para o próximo dia 30, o evento deve contar com a presença do ex-ministro José Dirceu, condenado no caso. Entre os condenados também estão ex-dirigentes da CUT, como o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
José Garcia Lima, dirigente da CUT-RJ e organizador do ato, afirmou que o STF fez um "julgamento político". Ele apontou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, outro ex-dirigente da central, como uma das principais "vítimas" do "tribunal de exceção".
O ato consistirá num debate "sobre os graves erros do STF" na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Lima diz que não teme ver a central vinculada com defesa da impunidade: "A CUT teme ser cúmplice de uma injustiça".
"Conheço, do PT, todos os envolvidos. Tenho absoluta certeza de que nenhum deles colocou nenhum tostão no bolso. Justiça episódica é sacanagem. Se for para todo mundo, a gente até embarca." Fonte: Folha de S.Paulo.
É uma vergonha que a CUT não tenha neutralidade como entidade dos trabalhadores e parta em defesa de membros partidários condenados. Que legitimidade tem a CUT para vir desafiar a instituição republicana STF?
O Brasil ainda é um Estado Democrático de Direito com uma Constituição de país civilizado ou uma republiqueta anárquica, comandada sob a espada de um partido que desejava“mexicanizar” o país e foi abortado em suas pretensões delituosas?
Pelo que consta ainda não somos um Estado Bolchevique de coloração petista para desafiar a nossa Justiça, a ordem democrática e impor a sua forma de dirigir a nação, inclusive, audaciosamente, pretendendo abastardar as decisões de nossa Suprema Corte.
Ora, jamais se viu no país qualquer segmento social ou político se indispor contra uma decisão do STF, como no caso do mensalão. Se uns podem, por que, por exemplo, Fernandinho Beira-Mar ou outros delinquentes condenados e presos, também, por seus representantes, não podem sair a campo para desmoralizar as sentenças recebidas dos tribunais brasileiros? O que está faltando é uma resposta contundente do STF contra essas insubordinações, para botar as coisas nos eixos.
Por outro lado, desagravo legítimo seria a CUT sair em defasa da sociedade e bradar contra as injustiças sociais: falta de educação de qualidade e saúde pública, falta de segurança habitacional, de trabalho, de ir e vir, de saneamento básico às nossas periferias, onde os esgotos ainda correm a céu aberto etc.
Mal-acostumados com a impunidade política, os condenados pelo STF estão desasados e desconfortáveis com um momento de lucidez jurídica de nossa Suprema Corte, que soube não se intimidar com as investidas preliminares e audaciosas do PT, que tentou de todas as formas neutralizar o julgamento.
*Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
Imagem: GP1Júlio César Cardoso
A CUT (Central Única dos Trabalhadores) do Rio organiza um ato para pedir a anulação do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Marcado para o próximo dia 30, o evento deve contar com a presença do ex-ministro José Dirceu, condenado no caso. Entre os condenados também estão ex-dirigentes da CUT, como o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
José Garcia Lima, dirigente da CUT-RJ e organizador do ato, afirmou que o STF fez um "julgamento político". Ele apontou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, outro ex-dirigente da central, como uma das principais "vítimas" do "tribunal de exceção".
O ato consistirá num debate "sobre os graves erros do STF" na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Lima diz que não teme ver a central vinculada com defesa da impunidade: "A CUT teme ser cúmplice de uma injustiça".
"Conheço, do PT, todos os envolvidos. Tenho absoluta certeza de que nenhum deles colocou nenhum tostão no bolso. Justiça episódica é sacanagem. Se for para todo mundo, a gente até embarca." Fonte: Folha de S.Paulo.
É uma vergonha que a CUT não tenha neutralidade como entidade dos trabalhadores e parta em defesa de membros partidários condenados. Que legitimidade tem a CUT para vir desafiar a instituição republicana STF?
O Brasil ainda é um Estado Democrático de Direito com uma Constituição de país civilizado ou uma republiqueta anárquica, comandada sob a espada de um partido que desejava“mexicanizar” o país e foi abortado em suas pretensões delituosas?
Pelo que consta ainda não somos um Estado Bolchevique de coloração petista para desafiar a nossa Justiça, a ordem democrática e impor a sua forma de dirigir a nação, inclusive, audaciosamente, pretendendo abastardar as decisões de nossa Suprema Corte.
Ora, jamais se viu no país qualquer segmento social ou político se indispor contra uma decisão do STF, como no caso do mensalão. Se uns podem, por que, por exemplo, Fernandinho Beira-Mar ou outros delinquentes condenados e presos, também, por seus representantes, não podem sair a campo para desmoralizar as sentenças recebidas dos tribunais brasileiros? O que está faltando é uma resposta contundente do STF contra essas insubordinações, para botar as coisas nos eixos.
Por outro lado, desagravo legítimo seria a CUT sair em defasa da sociedade e bradar contra as injustiças sociais: falta de educação de qualidade e saúde pública, falta de segurança habitacional, de trabalho, de ir e vir, de saneamento básico às nossas periferias, onde os esgotos ainda correm a céu aberto etc.
Mal-acostumados com a impunidade política, os condenados pelo STF estão desasados e desconfortáveis com um momento de lucidez jurídica de nossa Suprema Corte, que soube não se intimidar com as investidas preliminares e audaciosas do PT, que tentou de todas as formas neutralizar o julgamento.
*Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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