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Júlio César Cardoso *

Imagem: ReproduçãoJúlio César Cardoso(Imagem:Reprodução)Júlio César Cardoso

Sob protesto, o Legislativo do Maranhão reduziu de 18 para 15 os salários de seus parlamentares. No Senado há senadores– Cyro Miranda (PSDB-GO) e Ivo Cassol (PP-RO) – que consideram R$ 26.700 e mais penduricalhos remuneratórios muito pouco.

Realmente, essas fístulas políticas perderam a vergonha. Mas a culpa é do voto obrigatório, trocado por qualquer promessa ou dinheiro, que elege um Parlamento indecoroso, cheio de ladravazes do Erário, que só dão prejuízo à nação. Um dos maiores ralos de desperdício do dinheiro público é o que se gasta para manter os legislativos brasileiros.

É muita audácia do deputado maranhense Manoel Ribeiro (PTB) chamar os eleitores de gangues, bem como a oportunista política maranhense Graça Paz (PDT) falar de orquestração popular contra a Casa Legislativa para indispor a sociedade contra os deputados.

Os parlamentares maranhenses deveriam ter decência pública. Por que não vão trabalhar na iniciativa privada para mostrar competência em vez de ficarem mamando nas tetas o Erário maranhense?

Da mesma forma, o senador Cyro Miranda deveria renunciar ao salário que recebe no Senado, já que alega não viver disso. E vejam o que disse o Senador Ivo Cassol: “Os políticos são mal remunerados. Se o dinheiro está na minha conta é porque é legal”. Só que ele esquece que essa imoralidade salarial não foi avalizada pela população, que paga os seus salários legislativos.

Por sua vez, os parlamentares maranhenses Manoel Ribeiro e Graça Paz deveriam ter decência pública e lembrar que o dinheiro do Erário que farta os seus bolsos faz muita falta aos miseráveis maranhenses que passam necessidades e que, lamentavelmente, se situam nos índices mais degradantes das estatísticas de pobreza do Brasil.

Todo o mundo sabe que o Senado está cheio de privilégios inaceitáveis. E um deles é o plano de saúde gratuito que os senadores, ex-senadores e familiares, sem nenhuma contribuição, têm direito de forma perene. Se os senadores Cyro Miranda e Ivo Cassol respeitassem a coisa pública e tivessem dignidade ética e moral já deveriam ter proposto a revogação desse privilégio de saúde, que os demais brasileiros não têm.

Por outro lado, o senador Ivo Cassol revela ser um político oportunista e espertalhão para comprar o voto do eleitor ao afirmar, audaciosamente: "Nós temos que atender ao eleitor com pagamento de passagem, remédio e até com pagamento de festas de formatura quando somos convidados para sermos patronos". Fonte: Congresso em Foco.

O senador Ivo Cassol deveria ser cassado por falta de ética, decoro e moralidade pública ao fazer confissões promíscuas de compra de voto do incauto eleitor, que, inadvertidamente, se vende por troca de favores.

* Júlio César Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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