Não há nada pior na pessoa humana do que a ingratidão. Por isso existem vários conceitos para se aquilatar o quão o ingrato é danoso à sociedade. Vítor Hugo disse que os ingratos são infelizes. Já Miguel de Cervantes disse que a ingratidão é filha da soberba. Mas Goethe disse que a ingratidão é sempre forma de fraqueza, pois homens hábeis não são ingratos. Para Alexandre Hamilton a ingratidão é o mais horrendo de todos os pecados. Também disse La Fontaine que o homem ingrato é pior do que a serpente. Como se pode depreender, nada é mais imperfeito na condição humana do que a ingratidão.
Entrando no cerne da questão, não se pode deixar de reconhecer que nas eleições estaduais de 2010 o atual governador Wilson Martins (PSB) foi eleito sobre o respaldo eleitoral do governador Wellington Dias, somados aos de Lula e do reflexo da eleição presidencial de Dilma Rousseff, juntamente com a militância política petista na capital e no interior do Estado. É bom que se diga também que em condições normais Wilson Martins jamais seria candidato apoiado pelo PT ao Governo do Piauí, mas como vice-governador de Wellington Dias impôs essa situação e com o afastamento de Wellington Dias para disputar o Senado Federal abocanhou o seu governo com os aliados políticos que gravitavam ao seu redor para depois sair vitorioso no referido pleito eleitoral.
Por ter sido ferrenho adversário político de Wellington Dias nas eleições de 2002, inclusive por presidir o PSDB na aliança à candidatura de Hugo Napoleão, até o reino mineral sabia dos antagonismos político-ideológicos existentes entre ambos e ninguém em sã consciência não preveria que a vitória de Wilson Martins ao Governo do Piauí nessas circunstâncias representaria o rompimento das bandeiras petistas na composição e na administração do Estado e que assim ensejaria a acomodação graciosa de oligarcas no poder, figuras estas responsáveis pelo retardamento da redenção dos piauienses como observado nos registros históricos do passado político da nossa terra.
Assim sendo, desde o começo da administração Wilson Martins afloram rusgas no âmago das forças políticas que o elegeram, mas agora o atual ocupante da Secretaria de Governo, deputado Wilson Brandão (PSB), foi mais longe ao atear fogo no rastilho de pólvora quando disse taxativamente, não sem esboçar como ex-pefelista um pouco de ranço de 2002, que o governador Wilson Martins não tinha coragem de falar, apesar da sua imensa vontade, a respeito de que o ex-governador Wellington Dias nos seus sete anos e pouco de governo não trouxe nada de relevante para o Piauí no que diz respeito a grandes obras, mesmo tendo o presidente Lula (PT) como seu principal aliado.
O que se desume disso é que o atual governo já começou com o intuito de levar a administração de acordo com as suas conveniências políticas futuras, o que é retrocesso porque compromete terrivelmente a administração estadual, cuja paralisia os piauienses sofrem indefesos para que suas querelas políticas sejam resolvidas. A democracia ainda permite o grave defeito de que se eleja, às vezes, quem não tinha normalmente cacife eleitoral para tanto e cuja vitória foi construída numa conjuntura forjada na própria campanha eleitoral e que por isso o vitorioso não merecia lograr êxito, pois assim necessita fazer o jogo político permanente para atender as suas demandas partidárias sob pena do desmoronamento eleitoral antecipado.
Assim, vê-se que neste momento político piauiense existe um governo arredio ao principal partido político que o elegeu e que assim dificultará ainda mais a sua governabilidade, primeiro por fazer mais política do que governar e depois por governar sem priorizar as necessidades prementes do Estado por exatamente fazer mais política e, por fim, gerar uma ruptura política que servirá apenas para postergar ainda mais o enfrentamento dos nossos reais problemas, mas nada disso é novidade para muitos piauienses porque mesmo antes da vitória do então candidato Wilson Martins já era decantado em prosa e verso que governaria sem o concurso dos petistas.
*Deusval Lacerda de Moraes é Pós-Graduado em Direito
Entrando no cerne da questão, não se pode deixar de reconhecer que nas eleições estaduais de 2010 o atual governador Wilson Martins (PSB) foi eleito sobre o respaldo eleitoral do governador Wellington Dias, somados aos de Lula e do reflexo da eleição presidencial de Dilma Rousseff, juntamente com a militância política petista na capital e no interior do Estado. É bom que se diga também que em condições normais Wilson Martins jamais seria candidato apoiado pelo PT ao Governo do Piauí, mas como vice-governador de Wellington Dias impôs essa situação e com o afastamento de Wellington Dias para disputar o Senado Federal abocanhou o seu governo com os aliados políticos que gravitavam ao seu redor para depois sair vitorioso no referido pleito eleitoral.
Por ter sido ferrenho adversário político de Wellington Dias nas eleições de 2002, inclusive por presidir o PSDB na aliança à candidatura de Hugo Napoleão, até o reino mineral sabia dos antagonismos político-ideológicos existentes entre ambos e ninguém em sã consciência não preveria que a vitória de Wilson Martins ao Governo do Piauí nessas circunstâncias representaria o rompimento das bandeiras petistas na composição e na administração do Estado e que assim ensejaria a acomodação graciosa de oligarcas no poder, figuras estas responsáveis pelo retardamento da redenção dos piauienses como observado nos registros históricos do passado político da nossa terra.
Assim sendo, desde o começo da administração Wilson Martins afloram rusgas no âmago das forças políticas que o elegeram, mas agora o atual ocupante da Secretaria de Governo, deputado Wilson Brandão (PSB), foi mais longe ao atear fogo no rastilho de pólvora quando disse taxativamente, não sem esboçar como ex-pefelista um pouco de ranço de 2002, que o governador Wilson Martins não tinha coragem de falar, apesar da sua imensa vontade, a respeito de que o ex-governador Wellington Dias nos seus sete anos e pouco de governo não trouxe nada de relevante para o Piauí no que diz respeito a grandes obras, mesmo tendo o presidente Lula (PT) como seu principal aliado.
O que se desume disso é que o atual governo já começou com o intuito de levar a administração de acordo com as suas conveniências políticas futuras, o que é retrocesso porque compromete terrivelmente a administração estadual, cuja paralisia os piauienses sofrem indefesos para que suas querelas políticas sejam resolvidas. A democracia ainda permite o grave defeito de que se eleja, às vezes, quem não tinha normalmente cacife eleitoral para tanto e cuja vitória foi construída numa conjuntura forjada na própria campanha eleitoral e que por isso o vitorioso não merecia lograr êxito, pois assim necessita fazer o jogo político permanente para atender as suas demandas partidárias sob pena do desmoronamento eleitoral antecipado.
Assim, vê-se que neste momento político piauiense existe um governo arredio ao principal partido político que o elegeu e que assim dificultará ainda mais a sua governabilidade, primeiro por fazer mais política do que governar e depois por governar sem priorizar as necessidades prementes do Estado por exatamente fazer mais política e, por fim, gerar uma ruptura política que servirá apenas para postergar ainda mais o enfrentamento dos nossos reais problemas, mas nada disso é novidade para muitos piauienses porque mesmo antes da vitória do então candidato Wilson Martins já era decantado em prosa e verso que governaria sem o concurso dos petistas.
*Deusval Lacerda de Moraes é Pós-Graduado em Direito
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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