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Iracema Portella (*)

Imagem: GP1Clique para ampliarIracema Portella é Deputada Federal(Imagem:GP1)Iracema Portella é Deputada Federal
O mês de março, em que comemoramos o Dia Internacional da Mulher, deve ser encarado como uma valiosa oportunidade para discutirmos os principais problemas que afetam a população feminina. Um dos grandes desafios é o combate à violência contra a mulher.

A cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. Segundo estudo da Fundação Perseu Abramo, uma em cada cinco brasileiras declara espontaneamente ter sofrido algum tipo de violência por parte de algum homem. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que o País deixa de aumentar em 10% o seu Produto Interno Bruto (PIB) em decorrência desse problema.

Instrumentos como a Lei Maria da Penha são fundamentais nessa batalha. Pesquisa do DataSenado revelou que 83% das mulheres brasileiras conhecem a Lei, mas este mesmo levantamento mostrou que, na opinião de 78% das entrevistadas, o medo impede as mulheres de denunciar seus agressores. Precisamos mudar esse cenário, fortalecendo as campanhas de conscientização da sociedade sobre esse mal.

Também é preciso olhar, com especial atenção, para a saúde da mulher. Questões como a mortalidade materna devem mobilizar governos em suas três instâncias, Parlamento e sociedade civil. As mortes maternas são um grave problema de saúde pública no Brasil. E chama atenção o fato de que, em mais de 90% dos casos, elas são evitáveis.

No Brasil, a taxa de mortalidade materna está em torno de 74,6 óbitos em cada 100 mil nascidos vivos. No nosso estado, o Piauí, infelizmente, esse número chega a 80,3. Este é um indicador inaceitável. Em países desenvolvidos, essa razão oscila entre 6 e 20 mortes por 100 mil nascidos vivos.

Iniciativas simples são capazes de reverter esse lamentável quadro. É essencial melhorar o atendimento das mulheres durante todo o pré-natal, o parto e o pós-parto, com uma atenção humanizada na rede pública de saúde.

A presidenta Dilma Rousseff promete criar a chamada Rede Cegonha, que visa justamente oferecer um atendimento especializado às mães e seus bebês. Não medirei esforços na luta para que programas como este realmente saiam do papel. São ações singelas que salvam vidas. Acredito ser este o caminho.

(*) Iracema Portella é Deputada Federal

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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