*Por Deusval Lacerda de Moraes
"O governo do Piauí precisa fazer uma depuração nas suas nomeações. Ou melhor, precisa promover uma Reforma Administrativa como primeira medida para tornar eficiente a Administração Pública do Estado. E, no âmago dessa Reforma, traçar um plano de carreira, cargos e salários dignos para o funcionalismo público e que prevaleçam o rendimento e a meritocracia. A Escola de Governo, juntamente com convênios com outras instituições de ensino, teria a tarefa de fomentar a capacitação, reciclagem e profissionalismo dos servidores públicos. Foi assim que fizeram alguns estados da Federação que atualmente estão guindando os seus governos com gestões que estão gerando desenvolvimento econômico-social para todos, como o Pernambuco.
O Piauí não pode ficar só na espera de milagres. Milagres acontecem de tempos em tempos. No Piauí, apesar da fé indômita do seu povo, eles ainda não operaram nessa área. Assim, temos que tomar atitude. E a atitude que nos resta é colocarmos as mãos na massa. E fazermos o que os outros fazem, agregam seus melhores talentos, formam equipes de excelência e, com férrea decisão política, buscam alternativas viáveis para a solução dos seus problemas. Não podemos esperar pelo que não vem e muito menos pelo que não vai dar certo. Porque ficaremos marcando o passo. E nossos passos já estão bitolados de tanto repisarmos o mesmo caminho. É preciso visão, boa-vontade, altruísmo, e criarmos coragem, arregaçarmos as mangas e irmos à luta. Não podemos deixar o tempo passar e acharmos que ele é o senhor de todas as providências.
Uma das coisas que tem de ser feita urgentemente pelo governo do Estado é expurgar os nomeados dos cargos em comissão que não são aproveitados na máquina pública, a exemplo do que noticiou a mídia sobre a equipe do Filé (Ficha Limpa Esporte/Clube do Governo) cujo elenco está com vários processos nas costas em todo tipo de Justiça que existe no País. Pois auxiliares de governo tem de ser honestos, honrados, idôneos, é o mínimo que podemos exigir, assim sequer parecem honestos como na Roma Antiga. Governo que se preza não é lugar de acomodação eleitoreira. É lugar de trabalho, idéia, planejamento, resultado. O que podemos esperar desse time? Além de aspone, ainda é acusado de sugar as seivas do erário. O governo deveria criar uma Comissão de Ética Pública, como a que a presidente Dilma segue à risca na Presidência da República.
Como se não bastasse à lista dos convocados da seleção “Ficha Limpa” na equipe do governo do Piauí, com 22 selecionados com esse passado de triste memória na vida publica piauiense e por alguns deles não terem como colaborar para a administração do Estado, ainda nomeia para a equipe técnica da Superintendência de Acompanhamentos e Projetos da Secretaria de Governo uma mulher que foi presa na Operação Valáquia da Polícia Federal desencadeada em 13 de fevereiro de 2007 por envolvimento em esquemas de saques fraudulentos em contas mantidas em instituições bancárias, e que 48 pessoas, dentre elas a contratada, foram denunciadas pelo Ministério Público Federal por formação de quadrilha, furto qualificado, violação do sigilo bancário, interceptação telemática ilegal, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e favorecimento real, conforme noticiou a imprensa.
O Piauí que os seus homens e mulheres de boa-fé querem, é outro. É o que as pessoas que cometem crimes sejam julgadas e, se culpadas, punidas, e não escoradas na Administração Pública. É o que os investidos de autoridades públicas sejam os melhores da sociedade. Os gestores devem ser os mais qualificados tecnicamente em suas áreas de atividades. Não podemos fazer governo de amigos achando que resolveremos os nossos desafios, mas com os piauienses competentes, trabalhadores, ou seja, com aqueles que passaram a vida na labuta. Estes, sim, merecem oportunidades. Nos lugares desenvolvidos este é o critério, daí as crises serem periódicas e suplantadas. Do nosso jeito, nunca há superação das dificuldades, mas a perpetuação dos problemas. Não adiante tergiversarem, os fatos falam por si só, ou mudamos para que as coisas aconteçam ou continuaremos retardatários. Nomeiem as pessoas certas! "
*Deusval Lacerda de Moraes
Pós-Graduado em Direito
"O governo do Piauí precisa fazer uma depuração nas suas nomeações. Ou melhor, precisa promover uma Reforma Administrativa como primeira medida para tornar eficiente a Administração Pública do Estado. E, no âmago dessa Reforma, traçar um plano de carreira, cargos e salários dignos para o funcionalismo público e que prevaleçam o rendimento e a meritocracia. A Escola de Governo, juntamente com convênios com outras instituições de ensino, teria a tarefa de fomentar a capacitação, reciclagem e profissionalismo dos servidores públicos. Foi assim que fizeram alguns estados da Federação que atualmente estão guindando os seus governos com gestões que estão gerando desenvolvimento econômico-social para todos, como o Pernambuco.
O Piauí não pode ficar só na espera de milagres. Milagres acontecem de tempos em tempos. No Piauí, apesar da fé indômita do seu povo, eles ainda não operaram nessa área. Assim, temos que tomar atitude. E a atitude que nos resta é colocarmos as mãos na massa. E fazermos o que os outros fazem, agregam seus melhores talentos, formam equipes de excelência e, com férrea decisão política, buscam alternativas viáveis para a solução dos seus problemas. Não podemos esperar pelo que não vem e muito menos pelo que não vai dar certo. Porque ficaremos marcando o passo. E nossos passos já estão bitolados de tanto repisarmos o mesmo caminho. É preciso visão, boa-vontade, altruísmo, e criarmos coragem, arregaçarmos as mangas e irmos à luta. Não podemos deixar o tempo passar e acharmos que ele é o senhor de todas as providências.
Uma das coisas que tem de ser feita urgentemente pelo governo do Estado é expurgar os nomeados dos cargos em comissão que não são aproveitados na máquina pública, a exemplo do que noticiou a mídia sobre a equipe do Filé (Ficha Limpa Esporte/Clube do Governo) cujo elenco está com vários processos nas costas em todo tipo de Justiça que existe no País. Pois auxiliares de governo tem de ser honestos, honrados, idôneos, é o mínimo que podemos exigir, assim sequer parecem honestos como na Roma Antiga. Governo que se preza não é lugar de acomodação eleitoreira. É lugar de trabalho, idéia, planejamento, resultado. O que podemos esperar desse time? Além de aspone, ainda é acusado de sugar as seivas do erário. O governo deveria criar uma Comissão de Ética Pública, como a que a presidente Dilma segue à risca na Presidência da República.
Como se não bastasse à lista dos convocados da seleção “Ficha Limpa” na equipe do governo do Piauí, com 22 selecionados com esse passado de triste memória na vida publica piauiense e por alguns deles não terem como colaborar para a administração do Estado, ainda nomeia para a equipe técnica da Superintendência de Acompanhamentos e Projetos da Secretaria de Governo uma mulher que foi presa na Operação Valáquia da Polícia Federal desencadeada em 13 de fevereiro de 2007 por envolvimento em esquemas de saques fraudulentos em contas mantidas em instituições bancárias, e que 48 pessoas, dentre elas a contratada, foram denunciadas pelo Ministério Público Federal por formação de quadrilha, furto qualificado, violação do sigilo bancário, interceptação telemática ilegal, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e favorecimento real, conforme noticiou a imprensa.
O Piauí que os seus homens e mulheres de boa-fé querem, é outro. É o que as pessoas que cometem crimes sejam julgadas e, se culpadas, punidas, e não escoradas na Administração Pública. É o que os investidos de autoridades públicas sejam os melhores da sociedade. Os gestores devem ser os mais qualificados tecnicamente em suas áreas de atividades. Não podemos fazer governo de amigos achando que resolveremos os nossos desafios, mas com os piauienses competentes, trabalhadores, ou seja, com aqueles que passaram a vida na labuta. Estes, sim, merecem oportunidades. Nos lugares desenvolvidos este é o critério, daí as crises serem periódicas e suplantadas. Do nosso jeito, nunca há superação das dificuldades, mas a perpetuação dos problemas. Não adiante tergiversarem, os fatos falam por si só, ou mudamos para que as coisas aconteçam ou continuaremos retardatários. Nomeiem as pessoas certas! "
*Deusval Lacerda de Moraes
Pós-Graduado em Direito
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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