No Piauí, a tarrafa da "Ficha Limpa" só pegou peixe miúdo, umas piabinhas. Os peixes graúdos nadaram a braçadas largas e conseguiram se safar sem maiores problemas das acusações feitas contra eles pelo Ministério Público Eleitoral e, assim, foram liberados pelo TRE para continuarem suas campanhas.
O Ministério Público Eleitoral denunciou ao Tribunal quatro pesos-pesados da política estadual: o ex-governador Wellington Dias (PT), os senadores Mão Santa (PSC) e Heráclito Fortes (DEM) e o ex-governador Hugo Napoleão. Os três primeiros concorrem ao Senado e o último disputa o mandato de deputado federal.
Nos meios políticos e jurídicos, o que se dizia era que a situação mais complicada era a do ex-governador, condenado no TRE do Piauí e no Tribunal Superior Eleitoral por uso e abuso da máquina na campanha pela sua reeleição, em 2006. A defesa de Wellington conseguiu convencer a Corte que as punições contra ele eram meramente administrativas.
Assim, além de mostrar que Wellington foi punido apenas com multa, a defesa convenceu ainda o TRE de que ela foi paga, não havendo mais, portanto, qualquer pendência do ex-governador junto à Justiça Eleitoral. O candidato petista foi absolvido por unanimidade.
Com o deferimento do pedido de candidatura do ex-governador, o quadro da disputa fica completo. E também acirrado. As pesquisas de intenção de voto indicam que, para as duas vagas existentes, quatro candidatos se apresentam de modo competitivo: Wellington Dias, Mão Santa, Heráclito Fortes e Ciro Nogueira.
Embora seja o quinto da lista, o deputado federal Antônio José Medeiros ainda tem tempo para crescer, se funcionar para todos os candidatos a estratégia de colar a imagem dos petistas piauienses à do presidente Lula, que desfruta de excepcional popularidade no Piauí.
Na interpretação da "Ficha Limpa", uma lei nova, ainda cheia de controvérsias, o TRE do Piauí transferiu para o eleitor a responsabilidade de julgar politicamente os candidatos.
*Zózimo Tavares é editor chefe do jornal Diário do Povo
O Ministério Público Eleitoral denunciou ao Tribunal quatro pesos-pesados da política estadual: o ex-governador Wellington Dias (PT), os senadores Mão Santa (PSC) e Heráclito Fortes (DEM) e o ex-governador Hugo Napoleão. Os três primeiros concorrem ao Senado e o último disputa o mandato de deputado federal.
Nos meios políticos e jurídicos, o que se dizia era que a situação mais complicada era a do ex-governador, condenado no TRE do Piauí e no Tribunal Superior Eleitoral por uso e abuso da máquina na campanha pela sua reeleição, em 2006. A defesa de Wellington conseguiu convencer a Corte que as punições contra ele eram meramente administrativas.
Assim, além de mostrar que Wellington foi punido apenas com multa, a defesa convenceu ainda o TRE de que ela foi paga, não havendo mais, portanto, qualquer pendência do ex-governador junto à Justiça Eleitoral. O candidato petista foi absolvido por unanimidade.
Com o deferimento do pedido de candidatura do ex-governador, o quadro da disputa fica completo. E também acirrado. As pesquisas de intenção de voto indicam que, para as duas vagas existentes, quatro candidatos se apresentam de modo competitivo: Wellington Dias, Mão Santa, Heráclito Fortes e Ciro Nogueira.
Embora seja o quinto da lista, o deputado federal Antônio José Medeiros ainda tem tempo para crescer, se funcionar para todos os candidatos a estratégia de colar a imagem dos petistas piauienses à do presidente Lula, que desfruta de excepcional popularidade no Piauí.
Na interpretação da "Ficha Limpa", uma lei nova, ainda cheia de controvérsias, o TRE do Piauí transferiu para o eleitor a responsabilidade de julgar politicamente os candidatos.
*Zózimo Tavares é editor chefe do jornal Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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