*Zózimo Tavares
As eleições deste ano no Piauí trazem lances atípicos. O principal deles é que, pela primeira vez, a sucessão estadual se encaminha para ser disputada entre três candidatos. Até então, a eleição para governador ficava bipolarizada entre duas forças, uma do governo e a outra da oposição. O que se vê, pelo menos até o momento, são três candidatos com chances reais de vencer a eleição para o governo: o ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB), o candidato de oposição, lidera as pesquisas de intenção de voto num crescimento lento e gradual que se aproxima dos 40%; o governador Wilson Martins (PSB) disputa a segunda colocação com o senador João Vicente Claudino (PTB), que se apresenta com uma candidatura alternativa, que nem é governo de ponta a ponta nem oposição de cabo a rabo. O governador também apresenta crescimento, enquanto o senador se mantém estável. Grosso modo, cada um deles tem em torno de um terço do eleitorado. Ao que tudo indica, a disputa se manterá acirrada.
Outro lance que chama a atenção é que, pela primeira vez, forças políticas deixam o governo, como é o caso do PDT e do PP. O PCdoB também está com um pé fora do governo, segundo informou-se ontem à tarde. Isso também não é comum na política estadual. Tradicionalmente, ninguém larga o poder por nada. Uma velha máxima justifica tanto apego ao governo: "Ninguém troca a sombra do poder pelo sol quente da oposição". Os que saíram deixaram bem claro que estavam saindo por pragmatismo eleitoral e não por qualquer outro motivo.
Também chama a atenção o fato de o governador querer continuar com a cara do antecessor. Todo governante quer ter sua própria identidade a qualquer custo. Wilson Martins gostaria que, na urna eletrônica, seu nome fosse Wellington Dias.
Por fim, o ex-prefeito Sílvio Mendes entra na campanha só com a cara e a coragem. Quem se apresenta com essas armas, apenas, deve lançar mão do verbo para tocar o coração do eleitor. O tucano ainda não disse a que veio.
É esta, em linhas gerais, a dinâmica da sucessão estadual.
*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo
As eleições deste ano no Piauí trazem lances atípicos. O principal deles é que, pela primeira vez, a sucessão estadual se encaminha para ser disputada entre três candidatos. Até então, a eleição para governador ficava bipolarizada entre duas forças, uma do governo e a outra da oposição. O que se vê, pelo menos até o momento, são três candidatos com chances reais de vencer a eleição para o governo: o ex-prefeito Sílvio Mendes (PSDB), o candidato de oposição, lidera as pesquisas de intenção de voto num crescimento lento e gradual que se aproxima dos 40%; o governador Wilson Martins (PSB) disputa a segunda colocação com o senador João Vicente Claudino (PTB), que se apresenta com uma candidatura alternativa, que nem é governo de ponta a ponta nem oposição de cabo a rabo. O governador também apresenta crescimento, enquanto o senador se mantém estável. Grosso modo, cada um deles tem em torno de um terço do eleitorado. Ao que tudo indica, a disputa se manterá acirrada.
Outro lance que chama a atenção é que, pela primeira vez, forças políticas deixam o governo, como é o caso do PDT e do PP. O PCdoB também está com um pé fora do governo, segundo informou-se ontem à tarde. Isso também não é comum na política estadual. Tradicionalmente, ninguém larga o poder por nada. Uma velha máxima justifica tanto apego ao governo: "Ninguém troca a sombra do poder pelo sol quente da oposição". Os que saíram deixaram bem claro que estavam saindo por pragmatismo eleitoral e não por qualquer outro motivo.
Também chama a atenção o fato de o governador querer continuar com a cara do antecessor. Todo governante quer ter sua própria identidade a qualquer custo. Wilson Martins gostaria que, na urna eletrônica, seu nome fosse Wellington Dias.
Por fim, o ex-prefeito Sílvio Mendes entra na campanha só com a cara e a coragem. Quem se apresenta com essas armas, apenas, deve lançar mão do verbo para tocar o coração do eleitor. O tucano ainda não disse a que veio.
É esta, em linhas gerais, a dinâmica da sucessão estadual.
*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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