Wellington esfacela a "base"
Não há condição, ainda, de se avaliar, junto à opinião pública, a repercussão da decisão do governador Wellington Dias de renunciar ao mandato para concorrer ao Senado. Isso será feito oportunamente. Nos meios políticos, porém, ela foi desastrosa, provocando forte abalo na imagem do governador.
Wellington não sofreria o desgaste que passou a enfrentar desde ontem, junto aos seus aliados, se não tivesse feito voluntariamente aquele pronunciamento do dia 19, jurando que ficaria no governo até o final do mandato. O homem – e mais, ainda, o homem público – é escravo da palavra empenhada.
Ontem, dizia que estava de saída porque havia uma unanimidade da “base” em torno de sua candidatura ao Senado. Ora, naquela data, o lançamento da candidatura de Wellington a senador já era um consenso dentro do blocão governista. O que estava em aberto era a questão da cabeça de chapa para governador.
Ontem, nem seu nome era mais um consenso para o Senado nem a “base” estava pacificada. Com sua decisão, o ainda governador complicou irremediavelmente a situação dentro do esquema governista. Hoje haverá caco de “base” para todo lado.
O que resta saber, agora, é como os partidos e as lideranças do blocão governista se comportarão em relação ao candidato Wellington Dias, que cuidou de tentar salvar a pele, deixando o governo para concorrer ao Senado, mas deixou atrás de si o circo pegando fogo. Quantos, efetivamente, o acompanharão?
*Zózimo Tavares é jornalista e editor chefe do Jornal Diário do Povo
Não há condição, ainda, de se avaliar, junto à opinião pública, a repercussão da decisão do governador Wellington Dias de renunciar ao mandato para concorrer ao Senado. Isso será feito oportunamente. Nos meios políticos, porém, ela foi desastrosa, provocando forte abalo na imagem do governador.
Wellington não sofreria o desgaste que passou a enfrentar desde ontem, junto aos seus aliados, se não tivesse feito voluntariamente aquele pronunciamento do dia 19, jurando que ficaria no governo até o final do mandato. O homem – e mais, ainda, o homem público – é escravo da palavra empenhada.
Imagem: Foto: ReproduçãoGovernador do Piauí Wellington Dias
Suas justificativas, ontem, para passar por cima de sua jura, ou são geniais ou são risíveis. Ele dizia, no dia 19, que ficava porque a chamada “base aliada” não havia chegado a um consenso quanto à sua sucessão. Assim, pensando no Piauí, estava decidido a ficar. Era, nas suas palavaras, uma decisão amadurecida, refletida e tomada à base de muita oração.Ontem, dizia que estava de saída porque havia uma unanimidade da “base” em torno de sua candidatura ao Senado. Ora, naquela data, o lançamento da candidatura de Wellington a senador já era um consenso dentro do blocão governista. O que estava em aberto era a questão da cabeça de chapa para governador.
Ontem, nem seu nome era mais um consenso para o Senado nem a “base” estava pacificada. Com sua decisão, o ainda governador complicou irremediavelmente a situação dentro do esquema governista. Hoje haverá caco de “base” para todo lado.
O que resta saber, agora, é como os partidos e as lideranças do blocão governista se comportarão em relação ao candidato Wellington Dias, que cuidou de tentar salvar a pele, deixando o governo para concorrer ao Senado, mas deixou atrás de si o circo pegando fogo. Quantos, efetivamente, o acompanharão?
*Zózimo Tavares é jornalista e editor chefe do Jornal Diário do Povo
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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