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Colunista Brunno Suênio
GP1

Faccionado que morreu em posto de combustíveis em Teresina foi baleado por policial

Moisés Benício Silva de Carvalho era membro de Bonde dos 40 e estava com uma moto roubada.

O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) identificou que o membro do Bonde dos 40, conhecido como Moisés Benício Silva de Carvalho, que morreu em um posto de combustíveis na Avenida Joaquim Nelson, no bairro Alto da Ressurreição, na tarde do último sábado (02), estava cometendo roubos na região e pode ter sido perseguido e neutralizado em uma intervenção de um policial. A informação está sendo trabalhada pelos investigadores, que não descartam uma ação em legítima defesa.

A Coluna apurou que Moisés Benício Silva de Carvalho pilotava uma motocicleta e um segundo homem, identificado como Luiz Raimundo Gomes, que conduzia outra moto, se deslocava o acompanhando pela Avenida Joaquim Nelson, quando os dois foram surpreendidos por disparos de arma de fogo efetuados por uma terceira pessoa.


Quando os policiais realizaram os levantamentos das informações, verificou-se que a moto que estava sendo pilotada por Moisés Benício era produto de furto/roubo e ele estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

Foto: Reprodução/WhatsAppLuiz Raimundo Gomes
Luiz Raimundo Gomes

Luiz Raimundo Gomes, que chegou a ficar ferido, foi socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e relatou não reconhecer o atirador.

Suspeita de assalto

Para o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) há suspeita de que os dois alvos estivessem realizando crimes na região onde ocorreu o homicídio. Fator que corrobora com a hipótese é a motocicleta que estava em poder de Moisés Benício Silva de Carvalho. Os policiais vão agora puxar os últimos passos do monitoramento eletrônico, a fim de refazer o trajeto que ele percorreu e identificar possíveis vítimas que o reconheça.

Vídeo mostra momento em que criminosos chegam ao posto

Rapidinhas

Vítimas de mortes violentas no final de semana têm perfil criminal

Um levantamento realizado pela Coluna apontou que, com exceção do homicídio de João Gabriel, que acabou sendo morto pelo próprio irmão, na manhã do último sábado (02), no bairro Renascença, os cinco demais casos de homicídio ocorridos nos dias 02 e 03 de novembro são de pessoas que já haviam sido presas, em alguns casos, condenadas, e estavam novamente no convívio social.

Senão, vejamos:

Moisés Benício Silva, morto no bairro Alto da Ressurreição já havia sido preso em três ocasiões distintas pelo mesmo tipo de crime: receptação. As prisões ocorreram em 02 de junho de 2023, 30 de julho de 2024 e, mais recentemente, em 16 de outubro deste ano.

Davi Almeida da Silva, morto na Vila Dagma Mazza, zona sul de Teresina. Ele era membro da facção Bonde dos 40 e em seu desfavor havia um mandando de prisão por crime de roubo.

João Francisco Lima Ferreira. Morto no Morro da Esperança, zona norte de Teresina. Foi condenado por porte ilegal de arma de fogo em 2020.

Francisco Danilo Almeida Santos. Morto no bairro Parque Alvorada. Já havia sido preso por violência doméstica em 04 de abril de 2023 e, somente neste ano, agrediu a tia com um jarro em 16 de janeiro, a ameaçou de morte em 09 de março, realizou um assalto em 06 de outubro e, recentemente, foi preso por tentativa de feminicídio em 24 de outubro, mas estava em liberdade, sob uso de tornozeleira eletrônica.

Redução no número de mortes violentas

Embora o registro de um final de semana violento em Teresina, no mês de outubro a Secretaria de Segurança Pública do Piauí indicou uma redução nos índices de criminalidade em Teresina. Segundo o levantamento, Teresina registrou 14 ocorrências de Mortes Violentas Intencionais (MVIs), marcando uma queda de 50% em comparação com o mesmo mês de 2023, que teve 28 casos, e uma redução ainda maior em relação aos 39 registrados em 2022.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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