A Polícia Civil do Piauí apreendeu porção de maconha na residência do cabo da Polícia Militar, Valério de Sousa Caldas Neto, preso na última quarta-feira (13), acusado de assassinar o policial civil Alexsandro Cavalcante Ferreira, 45 anos, em Parnaíba, litoral do Piauí.
Logo após ser preso, na manhã do dia 13, o cabo da PM prestou depoimento na Central de Flagrantes de Parnaíba e na ocasião autorizou que a Polícia Civil realizasse uma busca em seu imóvel, onde foi encontrada uma porção de maconha, que ele alegou ser para uso pessoal.
Ao ser informado pela Polícia Civil sobre o entorpecente, o cabo Valério acabou confessando que estava em posse também de uma porção de crack, que havia sido apreendida por ele no dia anterior.
Em razão disso, o delegado Ayslan Magalhães representou pela conversão da prisão em flagrante do cabo Valério em prisão temporária, que foi acatada pelo juiz João Manoel de Moura Ayres, da Central de Audiência de Custódia de Parnaíba.
Vídeo registrou momento exato da execução
Nessa quinta-feira (14), a Coluna obteve acesso com exclusividade ao vídeo que registrou o momento exato da execução do policial civil Alexsandro Cavalcante Ferreira.
No vídeo, é possível ver quando, por volta das 23h48, Valério Neto dobra a esquina em um Volkswagen Parati, em uma rua no conjunto Colina do Alvorada, onde o policial civil Alexsandro Cavalcante aparentemente se preparava para entrar em casa.
A ação criminosa dura menos de 15 segundos: Valério Neto se aproxima e encosta à direita de Alexsandro e, sem descer do carro, efetua dois disparos de arma de fogo contra a vítima – tiros que atingiram o peito direito e a cabeça.
Em seguida, Valério desce do carro e se aproxima da vítima no chão, recolhe a arma do policial civil, depois entra no veículo, dá a volta e sai do local do crime.
Depoimento
O vídeo não mostra Alexsandro apontando uma arma de fogo para Valério, como ele afirmou em depoimento à polícia. No interrogatório, o cabo da Polícia Militar afirmou que não conhecia o policial civil e o avistou em atitude suspeita, por isso, decidiu abordá-lo.
Valério Neto relatou “que continuou o acompanhamento para ver o que estava acontecendo; que visualizou ele [policial civil] indo para Avenida Principal; que então resolveu se deslocar; que quando chegou na [avenida] principal dobrou o carro à direta; que o indivíduo estava caminhando em sentido oposto a BR; que quando o interrogado dobrou à direita o indivíduo sacou uma arma e foi em direção ao interrogado com a arma em punho; que então o interrogado verbalizou em dois momentos: ‘eu sou policial’. Que o indivíduo [policial civil] continuou indo para cima do interrogado, sem recuar; que então efetuou dois disparos”.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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