A Coluna obteve acesso, com exclusividade, ao vídeo registrado por uma câmera de segurança que mostra o exato momento em que o policial militar Valério de Sousa Caldas Neto mata, a tiros, o policial civil Alexsandro Cavalcante Ferreira, crime ocorrido na noite da última terça-feira (12), na cidade de Parnaíba.
No vídeo, é possível ver quando, por volta das 23h48, Valério Neto dobra a esquina em um Volkswagen Parati, em uma rua no conjunto Colina do Alvorada, onde o policial civil Alexsandro Cavalcante aparentemente se preparava para entrar em casa.
A ação criminosa dura menos de 15 segundos: Valério Neto se aproxima e encosta à direita de Alexsandro e, sem descer do carro, efetua dois disparos de arma de fogo contra a vítima – tiros que atingiram o peito e a cabeça.
Em seguida, Valério desce do carro e se aproxima da vítima no chão, depois entra no veículo, dá a volta e sai do local do crime.
Depoimento
O vídeo não mostra Alexsandro apontando uma arma de fogo para Valério, como ele afirmou em depoimento à polícia. No interrogatório, o cabo da Polícia Militar afirmou que não conhecia o policial civil e o avistou em atitude suspeita, por isso, decidiu abordá-lo.
Valério Neto relatou “que continuou o acompanhamento para ver o que estava acontecendo; que visualizou ele [policial civil] indo para Avenida Principal; que então resolveu se deslocar; que quando chegou na [avenida] principal dobrou o carro à direta; que o indivíduo estava caminhando em sentido oposto a BR; que quando o interrogado dobrou à direita o indivíduo sacou uma arma e foi em direção ao interrogado com a arma em punho; que então o interrogado verbalizou em dois momentos: ‘eu sou policial’. Que o indivíduo [policial civil] continuou indo para cima do interrogado, sem recuar; que então efetuou dois disparos”.
Ainda conforme Valério Neto, após o crime ele ligou para o comandante Albuquerque, seu superior no 24º Batalhão da PM, e confessou ter matado o policial civil. Na manhã da quarta-feira (13), ele se apresentou na Central de Flagrantes de Parnaíba e foi preso em flagrante.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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