Poucas pessoas, fora da seara psicoterapêutica, já ouviram a expressão "Neurose de Classe", que representa as dificuldades que encontram um filho(a) para ultrapassar a classe social dos pais.
Por óbvio, não se trata de impedimentos econômicos, mas sim de autolimitação psíquica imposta pelo próprio indivíduo em razão da pressão oculta do seu sistema familiar, brilhantemente analisada por Vincent Gaulejac e descrito de forma didática e clara no livro "Meus Antepassados", de Anne Ancelin Schutzenberger (fica a dica de leitura deste livro).
A partir desse conceito, é possível inferir a também conhecida "Neurose limitadora da Felicidade", que com base no mesmo princípio da fidelidade ao núcleo familiar sistêmico, impede de os filho(a)s, que tenham tido pais infelizes, serem plenos e felizes.
O(s) filho(a)s que não conseguem se desvencilhar desse amaranhamento sistêmico se autossabotam e boicotam de forma inconsciente e perene a sua evolução e felicidade.
A boa notícia é que essas neuroses são plenamente ressignificáveis, caso seja aplicada a técnica correta para libertação dos emaranhamentos sistêmicos.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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