Reza a lenda que Pitágoras, certa feita, caminhava por uma aldeia que se localizava próxima à sua escola, e deparou-se com uma discussão entre dois homens. Ambos estavam muito exaltados e o desfecho lógico do acirramento do embate parecia ser um violento conflito iminente.
Com a serenidade que lhe era peculiar, o velho mestre lançou mão de uma lira que estava próxima e tocou algumas notas, iniciando uma harmoniosa melodia. De pronto, os homens foram se acalmando e interiorizando a sua energia, refletindo sobre a desnecessidade de tudo aquilo. Aos poucos, retomaram sua consciência e seguiram seus destinos.
Pois bem, a horizontalidade das questões materiais hodiernas, por vezes, nos torna cegos às maravilhas da Verticalidade consciente.
Os cantos e encantos de Pisinoe parecem permear e consumir as energias dos que se encontram maravilhados e satisfeitos com a superficialidade do Relativo.
Assim, em alguns momentos, nos é ofertado o caduceu de Mercúrio, como oportunidade de ascensão, que pode se manifestar por uma simples música que nos eleva e nos faz recordar, mesmo que por um fragmento de memória, dos tempos dourados do Nirvana.
Por pertinência, cito o velho mestre Hermes Trismegisto: "O que está em cima é como o que está embaixo, o que está dentro é como o que está fora."
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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