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Diga-me o que fazes no teu tempo livre que te direi quem tu és


Constantemente somos bombardeados com informações sobre atitudes desagradáveis e reclamações de toda ordem sobre políticos, administradores, profissionais, vizinhos, pais, irmãos, filhos, etc. Parece-nos que o mundo está cada vez pior... Entretanto, o que nós efetivamente fazemos para tornar o mundo melhor, em especial quando se refere ao nosso tempo livre?

Pois bem, tive a agradável surpresa de conhecer a Sofia e suas amigas, que em uma bela e ensolarada manhã de sábado estavam dispostas a fazer, no anonimato, a parte delas para tornar o mundo um local mais limpo. Elas, empunhando sacos plásticos, utilizaram uma considerável parte do seu lazer para recolher o lixo deixado na praia do Porto das Dunas.


A atitude das meninas do Porto das Dunas pode, para muitos, parecer não ter grande repercussão, entretanto parece-me que vejo nascer nessa nova geração uma disposição de fazer algo a mais em proveito do todo. Preocupar-se apenas com o próprio umbigo trouxe a sociedade atual e a natureza ao estado limite em que nos encontramos: competição, concorrência, egoísmo, devastação e dualidade.

Nesses tempos de crise moral e ética é mais que reconfortante presenciar exemplos e atitudes como a das meninas do Porto das Dunas. A geração nova que nasce, com suas crianças cristais e índigos, vai ter a grande incumbência de reparar nossos erros. Serão eles os resgatadores do belo, do harmônico, da empatia e do amor incondicional. Serão eles que realizarão a reconexão perdida com a nossa irmã terra, com os nossos irmãos animais, seres tão sencientes quanto nós.

Finalizo essas poucas linhas com Gandhi: "Tudo que vive é teu próximo".

Que haja, urgente, mais Sofias nesse mundo.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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