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Sobre nuvens e impermanência


Poucas realidades do nosso cotidiano (Relativo) representam tão bem a Impermanência como as Nuvens. O seu caráter sabidamente transitório torna as nuvens um dos mais belos espetáculos da natureza, entretanto por mais que queiramos não conseguimos eternizá-las, a não ser cristalizando-a numa fotografia. Entretanto, se a imobilizamos com a ajuda de um aparelho retiramos dela sua principal característica - a transitoriedade, a efemeridade, a impermanência.

Pois bem, o mesmo parece ocorrer com a vida de cada um de nós, que é unicamente constituída de momentos, tão efêmeros e transitórios quanto as nuvens. Ao tentar retê-los, invariavelmente enveredamos no Apego, alimento base da Consciência Egóica, e assim, deixamos de desfrutar do fluxo da vida (o Agora).


Somente a ampliação da consciência, por meio do autoconhecimento e do verdadeiro entendimento dos conceitos da Aceitação e Não-resistência, bem como pela incorporação da Gratidão e Perdão na vida diária, nos permitirá o acesso às infinitas possibilidades da frequência dos milagres.

José Anastácio de Sousa Aguiar

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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