Imagem: DivulgaçãoSonhos, mensageiros dos complexos ou a interpretação de sonhos como meio
Após dizer seu nome, Marta já foi me falando que havia me procurado porque uma amiga havia falado para ela que eu tinha interpretado seus sonhos. E como Marta sofria há vários anos de sonhos recorrentes que lhe tiravam o sono e a paz, mesmo sem acreditar muito na psicanálise, me procurara.
Pois bem, durante a anamnese, conversamos demoradamente sobre as formas que o nosso inconsciente encontra de nos avisar que algo não vai bem, oportunidade na qual pude explicar que os sonhos são, nas palavras de Carl G. Jung, os mensageiros dos nossos complexos, que são grupos de ideias inconscientes, advindas de diversas fontes, dentre elas os traumas, que insistem em trazer ao nosso consciente questões não resolvidas.
Destaquei para Marta que a interpretação de sonhos não é um fim em si mesmo, mas uma das ferramentas que o terapeuta pode fazer uso para auxiliar a terapia psicanalítica.
Melhor compreendendo as técnicas psicanalíticas, Marta passou a narrar seus sonhos e o seu histórico familiar, o que me levou a interpretar seus processos oníricos e poder assim, chegar ao cerne dos seus conflitos psíquicos, mas essa é outra história.
José Anastácio de Sousa Aguiar
*nomes, sexos e detalhes pessoais são modificados para preservar a identidade dos pacientes.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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