Fechar
GP1

O desequilíbrio do animus ou antes tarde do que nunca


Imagem: DivulgaçãoO desequilíbrio do animus ou Antes tarde do que nunca(Imagem:Divulgação)O desequilíbrio do animus ou Antes tarde do que nunca
Sofia era uma paciente na meia idade, com “a vida ganha”, como, de pronto, me falou ao início da consulta. Tinha um bom emprego, 2 lindas filhas, já formadas e casadas, mas sentia um vazio existencial muito grande, que não conseguia preencher com nada, nem mesmo com a religião.

Contou-me que era a filha mais velha de 3 mulheres, e que seu pai, um rico comerciante, falecera quando ela tinha 10 anos de idade, deixando a família com problemas financeiros. Sua mãe, mulher de saúde debilitada, nunca foi capaz de assumir os afazeres domésticos, função que ela tinha assumido, desde muito nova, com uma certa resistência, mas procurava cumprir com esmero. Sua irmã mais nova, era muito elogiada pela beleza e tinha um tratamento diferenciado por parte da mãe.

Pois bem, este quadro se seguiu até os dias atuais, e sua principal reclamação era que, apesar de seus esforços, não era reconhecida pela sua mãe. Tornara-se em razão das circunstâncias, uma mulher decidida, eficaz, assertiva, mas também austera, rigorosa e insensível.

A realidade familiar que a circundava desde cedo, levou-a a desenvolver uma acentuada energia masculina perante a vida e desequilibrar de forma evidente seu animus. Assim, o reequilíbrio de sua energia psíquica era imperioso, antes tarde do que nunca.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.