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Segundo uma campanha publicitária recentemente lançada em Londres, provavelmente, não! O lema da campanha é “There’s probably no God. Now stop worrying and enjoy your life”, algo como “Provavelmente Deus não existe. Então, pare de se preocupar e desfrute a sua vida.”

A campanha começou a partir da idéia de uma comediante (Ariane Sherine) de realizar propaganda ateísta em oposição às campanhas religiosas, que condenam os não-cristãos às labaredas do mármore do inferno.


Uma conta foi aberta para receber doações para a campanha com metas singelas, entretanto os depósitos foram tantos que ônibus, metrôs e jornais circulam pela cidade diariamente com enormes faixas sobre a idéia.

A questão não é nova e expõe a velha rivalidade entre religião e secularidade. Resolvi trazer ao leitor esse evento não pela questão em si, que reputo ser de foro íntimo, mas apenas para demonstrar o quão saudável é poder viver em um estado democrático de direito, no qual as diferentes visões religiosas são respeitadas, e não há intervenção do Estado ou grupos religiosos na vida cotidiana de seus cidadãos seja em questão religiosa ou política.

Trago, na verdade, à reflexão as antigas aspirações democráticas, nas quais os governantes eram servidores do seu povo e não párias da sociedade, buscando se eternizar no poder por meio de falácias e discursos enganosos e populistas.

Destaco Einstein sobre o tema: “O meu ideal político é a democracia, para que todo o homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado.”

Boa sorte a (nós) todos.

Londres/RU, 13 de janeiro de 2009.

José Anastácio de Sousa Aguiar

 

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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