Na coluna de hoje indicarei a leitura de dois autores, que por sua trajetória de vida e idéias trouxeram algo relevante ao conhecimento da humanidade.
O primeiro deles é Krishnamurti, pensador indiano que viveu no século passado e surpreendeu o mundo ao abdicar de títulos e seguidores. Suas idéias no campo da meditação e libertação são por demais interessantes.
Outro pensador que desperta interesse é Guerdjef, autor russo do início do século XX, que editou o que viria a ser conhecido por ‘As Teses de Guerdjef’, que na verdade são 20 máximas voltadas para o crescimento do ser humano enquanto indivíduo.
O leitor interessado poderá, com uma pesquisa em um dos vários localizadores disponíveis na internet, facilmente localizar as referências a esses filósofos em sua inteireza. O tema mais recorrente em ambos é a evolução do ser humano e o seu posicionamento perante as dificuldades da vida diária.
Na minha forma de ver, poucos momentos históricos necessitaram tanto da filosofia como a nossa atualidade. Por certo, temos informações em demasia, mas somos extremamente carentes de formação. A ambição e o dinheiro fácil passaram a ser o deus da modernidade, em detrimento dos mais caros valores estóicos. Gastamos imensas somas de dinheiro e energia com quem nos distrai, e pouca importância damos a quem pode nos instruir. A hipocrisia há muito destituiu a ética, o silêncio foi substituído pelo burburinho incessante de futilidades, a ganância travestiu-se de verdade, a honra foi relativizada, e a Justiça... bom, essa, quem quer que a tenha idealizado, já a considerou cega.
Dentre os vários caminhos sugeridos pelos autores acima citados destaco um: diferenciar problemas reais de problemas imaginários pode ser um importante primeiro passo.
Boa sorte a (nós) todos.
Londres/RU, 25 de outubro de 2008.
José Anastácio de Sousa Aguiar
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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