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Ainda ambientado nos ares londrinos, resolvi sugerir como opção aos turistas que para estas terras se destinam uma sugestão alternativa: um roteiro cultural filosófico.

É isso mesmo, se existem roteiros gastronômicos, religiosos, de negócios, e até mesmo sexuais, por que não um roteiro filosófico? Espero não cometer injustiças olvidando alguma atração interessante que ainda não conheça, mas para retificar possíveis falhas, prometo ao leitor acrescentá-las no momento oportuno.


Para iniciar bem, recomendo começar pela British Library, que nada mais é do que uma das principais bibliotecas do mundo, de fazer inveja à biblioteca de Alexandria. Não esqueça de antes de sair percorrer os corredores nos quais está a Carta Magna Inglesa.

Em seguida, vá ao Museu Britânico e desfrute de um dos maiores acervos históricos da Europa. De tempos em tempos existe uma exposição especial, que atualmente é sobre o imperador romano Adriano.

Na seqüência, visite o Museu de História Natural, que contém uma ala especialmente dedicada a Charles Darwin. Não deixe de apreciar as réplicas em tamanho natural de diversos dinossauros.

Aos apreciadores de pinturas clássicas, conheça a National Gallery. Para encerrar melhor ainda, vá à Casa Rudolph Steiner, que se trata da filial inglesa dedicada aos diversos aspectos da obra filosófica de seu idealizador, tais como cursos, palestras, música e dança.

Bom, mais alguém poderia se perguntar: o que tem a ver o texto até agora escrito com o título? Esclareço, é que nessa mesma semana em que realizei esse roteiro, recebi um email com aquelas mensagens em anexo, que nem sempre a gente lê, na qual a autora, que não identifico aqui, pois não constava a autoria na mensagem, compara a vida a um balde de jabuticabas, na qual a gente começa a comer as primeiras com alguma displicência, mas a medida que as mesmas vão acabando, cada uma das jabuticabas é saboreada ao máximo...

Assim é a vida de cada um de nós... O nosso tempo por esse planeta é uma vela acessa ao nascermos com data certa para se apagar, o tempo a ser vivido será sempre menor do que o que tínhamos a alguns instantes. Podemos nesse meio tempo percorrer o roteiro que desejarmos, usufruindo o melhor ou o pior da humanidade.

O essencial é que faz a vida valer a pena.

Boa sorte a (nós) todos.

Londres/RU, 14 de outubro de 2008.

José Anastácio de Sousa Aguiar
 

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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