Os líderes da Frente Nacional de Luta (FNL), José Rainha e Luciano de Lima, foram presos pela Polícia Civil de São Paulo na cidade de Mirante do Paranapanema nesse sábado (4). Eles são investigados por suspeita de extorsão de proprietários de terras da região.
As diligências deram cumprimento aos mandados de prisões preventivas, pedidos e autorizados pela Justiça, de líderes de movimento de ocupação de terras. No caso de Rainha e Lima, os dois são acusados de exigir vantagens financeiras de pelo menos seis pessoas. A Polícia Civil também apreendeu armas, que supostamente eram utilizadas em conflitos agrários.
Em nota, a FNL afirmou que a detenção dos líderes possui “cunho político”, e exigiu a liberdade deles. O comunicado também desmentiu a polícia sobre a relação da operação com as invasões de 9 propriedades rurais durante o Carnaval de 2023, a qual a organização chama de Carnaval Vermelho.
“Essa prisão de cunho político, tem nítida relação com a jornada de ocupações do Carnaval Vermelho, sendo um ato de retaliação aos lutadores do povo sem terra. Exigimos a imediata liberdade e convocamos todos aqueles que lutam a se solidarizar, pois não podemos tolerar que o Estado haja de maneira arbitrária contra quem luta”, fiz o FNL em nota.
Outro inquérito foi instaurado para apurar a conduta de pessoas que teriam expulsado os ocupantes das áreas na região, ocasião em que foram apreendidos dois fuzis, duas espingardas calibre 12 e uma calibre 357. “As prisões preventivas têm como objetivo a interrupção do ciclo delitivo e promoção de prevenção geral e paz no campo”, destacou a polícia.
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