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Saúde

COE estabelece alerta máximo para varíola dos macacos no Brasil

Até segunda-feira (9), o Brasil registrou 2.293 casos confirmados, segundo o Ministério da Saúde.

Nesta quarta-feira (10), o COE Monkeypox (Centro de Operações de Emergência), criado pelo Ministério da Saúde para controlar o avanço da varíola dos macacos no Brasil, elevou para nível máximo o alerta para a doença. O estado do Piauí já registra 15 casos da doença em 8 municípios.

Segundo o Ministério da Saúde, o alerta é determinado quando há “excepcional gravidade”. Os níveis de emergência variam entre I e III. O nível III representa uma ameaça de relevância nacional, que pode ocasionar em declaração de Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional).


Para a avaliação de gravidade, é considerado a transmissibilidade da varíola dos macacos, agravamentos dos casos confirmados, disponibilidade de medidas preventivas, como vacinas e o antiviral, vulnerabilidade da população e recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Até segunda-feira (9), o Brasil registrou 2.293 casos confirmados, segundo o Ministério da Saúde. Com 38 casos prováveis e 1 óbito.

O COE divulgou o plano de contingência: "o nível a ser considerado para o presente Plano é o Nível III, uma vez que já existem casos confirmados da doença no Brasil, com transmissão comunitária, e ainda não há no território nacional disponibilidade de medidas de imunização e de tratamento", diz trecho do documento. O documento acrescenta, ainda, sobre a dificuldade do governo brasileiro para a compra de insumos para o tratamento da varíola dos macacos.

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil irá receber o antiviral tecovirimat para tratar casos graves da varíola dos macacos. Não foi estipulada a data para chegada da medicação, mediada pela Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). Além disso, a pasta também diz que encomendou 50 mil doses da vacina contra a doença, e a expectativa de chegada é prevista para o mês de setembro. Alguns países já começaram a aplicar o imunizante, como os Estados Unidos, que iniciaram as negociações de compra há nove meses.

O COE recomenda o rastreamento de pessoas com quem teve contato com quem confirmou até 21 dias antes do início dos sintomas.

TRANSMISSÃO

A varíola dos macacos não tem transmissão facilmente entre as pessoas, tendo a proximidade como fator necessário para o contágio. A doença ocorre quando o indivíduo tem o contato muito próximo e direto com um animal infectado ou outros indivíduos infectados por meio de secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.

A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluidos das lesões do paciente infectado.

SINTOMAS

A doença tem início com febre, fadiga, dor de cabeça e dores musculares.

Em geral, de 1 a 5 dias após início da febre, aparecem lesões na pele, que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas). Inicialmente, aparecem na face, espalhando para outras partes do corpo, acompanhadas de coceira e aumento dos gânglios.

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